Um suposto caso de estupro a uma jovem, de 17 anos, ocorrido na madrugada, do último dia 11 de maio, na área central da cidade de Engenheiro Beltrão, foi descartado pela Polícia Civil, após uma apurada investigação.
Em entrevista ao programa “Hora da Notícia”, na Rádio Master FM (99.9), o superintendente da Polícia Civil, Claudinei Capilas, afirmou que o estupro não ocorreu e a prova determinante para tal afirmação vem do laudo expedido pelo Instituto Médico Legal (IML), que comprova que a violência não aconteceu.“Já tínhamos todas as evidências contrárias ao que dizia a vítima e só bastava o laudo do IML para comprovarmos que o estupro não ocorreu”, disse o surperintendente.
Segundo Capilas, a investigação foi muito detalhada e imagens de câmeras de segurança demonstraram que o tempo hábil para a execução do crime pelo agressor seria incompatível com o relato da vítima.
“Ouvimos o depoimento da jovem e tivemos acesso as filmagens de circuito de câmeras instalados em algumas empresas na avenida sete de setembro, por onde ela passou até chegar ao local onde trabalha. Refizemos o percurso, comparamos com a versão dada em seu depoimento e pudemos concluir que o tempo entre a primeira câmera e a segunda,até a chegada ao trabalho, era incompatível com a estória contada”, esclarece o superintendente, afirmando que na filmagem é evidente que a suposta vítima na aparentava ter passado por um caso tão grave de violência como relatou. “Já acompanhei muitos casos de estupros durante meus quase 30 anos na polícia e não vi em nenhum momento algum tipo de reação semelhante a uma pessoa que é violentada” mencionou.
O que era apenas uma impressão de um experiente policial, se tornou uma evidência clara no decorrer das investigações. E, agora, com o laudo negativo do IML, e a certeza de que o estupro não foi consumado, a polícia seguirá com as investigações a fim de saber o que ocorreu na noite do dia 11 de maio, e o porquê da adolescente ter descrito um fato irreal.
“ Não descarto que tenha ocorrido um crime, porém o estupro é uma invenção. A partir desta certeza, vamos seguir com as investigações a fim de saber o que realmente aconteceu e o porquê desta moça ter inventado uma estória que não aconteceu. Acredito que possa ter algo mais profundo em tudo isso, algo muito típico de uma pessoa que está sendo coagida ou coisa parecida”, questiona o policial.
Finalizando, Capilas afirmou que a polícia fez sua parte e deu uma resposta rápida a sociedade, que temia pela existência de um criminoso a solta pelas ruas da cidade.
“Estamos aqui para solucionar os crimes e dar uma resposta imediata a sociedade, que estava apreensiva com essa situação. Me debruçei pessoalmente nesse caso e tive total apoio da Polícia Militar e do Conselho Tutelar, que nos auxiliou nas investigações. Temos convicção de que nossa parte foi feita, mas não vamos cessar enquanto não tivermos a certeza do que ocorreu naquele dia”, finalizou o superintendente, que a todo o momento repassava informações ao delegado, Dr. José Aparecido Jacovós.






