Mãe de menina de 9 anos procurou polícia para relatar possível abuso contra a criança em uma escola
Uma mulher de 38 anos procurou a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher de Bauru) para fazer uma denúncia grave: ela suspeita que sua filha, de apenas 9 anos, tenha sido vítima de abuso sexual em uma escola na zona sudeste da cidade.
A suspeitas começaram quando a avó da menina notou uma mancha de cor escura na calcinha dela. No mesmo dia, a menina reclamou de dores nas pernas e na região pélvica. A mãe levou a criança ao pediatra, pensando se tratar de uma infecção urinária e recebeu do médico o alerta.
"Ele falou que ia fazer o exame de urina, mas que não era infecção", conta a mãe da criança.
A mulher decidiu levar a filha a uma ginecologista. Após exame, a médica elaborou um atestado informando que a criança sofreu alterações na região vaginal, apesar de não haver lacerações. O caso foi encaminhado recentemente à DDM, e ontem mãe e filha estiveram lá para conversar com a delegada Priscila Alferes.
"Ela não verbaliza muito, mas já está passando por atendimento psicológico", conta a delegado, com relação à criança. A delegada explica que vai aguardar o laudo final do corpo de delito, feito por indicação da Polícia Civil, para que o caso possa ser melhor investigado. Serão feitas também entrevistas com pessoas que convivem com a criança e com o acusado, que é um funcionário da escola.
A reportagem optou por preservar o nome do colégio, já que o caso ainda está sendo investigado.
Mudança de comportamento pode ser sinalDe acordo com a mãe da criança, na mesma época em que a avó percebeu a mancha na calcinha da neta, a menina começou a demonstrar alguns sintomas de caráter psicológico: não queria mais ir à escola, e quando questionada dizia que não gostava de um funcionário do local e de duas colegas de sala. “Ela já chegou a falar que queria matar essas coleguinhas, de tanta raiva que ela está sentindo”, diz a mãe.
A mulher conta que a filha também desenvolveu síndrome do pânico e arritimia cardíaca, e vem sendo medicada. Ela chegou a passar por atendimento com médico neurologista. Na delegacia, a menina trocou poucas palavras com a delegada, e não comenta o caso. A reportagem também tentou conversar com a criança, mas ela não diz uma palavra. Até com a psicóloga da Polícia Civil a criança falou pouco.
Desde o dia 11 de junho, quando a avó notou que algo de errado estava acontecendo, ela não vai mais à escola. A mãe conta que a criança nunca havia tido problemas de comportamento.
De acordo com a delegada Priscila Alferes, da DDM, o silêncio da menina e a negação diante do exame podem estar ocorrendo devido ao estado de trauma em que ela se encontra.
"Se realmente aconteceu, uma hora ela vai falar", avalia.
A delegada alerta os pais e responsáveis por crianças para que fiquem sempre atentos a mudanças de comportamento dos pequenos.
A suspeitas começaram quando a avó da menina notou uma mancha de cor escura na calcinha dela. No mesmo dia, a menina reclamou de dores nas pernas e na região pélvica. A mãe levou a criança ao pediatra, pensando se tratar de uma infecção urinária e recebeu do médico o alerta.
"Ele falou que ia fazer o exame de urina, mas que não era infecção", conta a mãe da criança.
A mulher decidiu levar a filha a uma ginecologista. Após exame, a médica elaborou um atestado informando que a criança sofreu alterações na região vaginal, apesar de não haver lacerações. O caso foi encaminhado recentemente à DDM, e ontem mãe e filha estiveram lá para conversar com a delegada Priscila Alferes.
"Ela não verbaliza muito, mas já está passando por atendimento psicológico", conta a delegado, com relação à criança. A delegada explica que vai aguardar o laudo final do corpo de delito, feito por indicação da Polícia Civil, para que o caso possa ser melhor investigado. Serão feitas também entrevistas com pessoas que convivem com a criança e com o acusado, que é um funcionário da escola.
A reportagem optou por preservar o nome do colégio, já que o caso ainda está sendo investigado.
Mudança de comportamento pode ser sinalDe acordo com a mãe da criança, na mesma época em que a avó percebeu a mancha na calcinha da neta, a menina começou a demonstrar alguns sintomas de caráter psicológico: não queria mais ir à escola, e quando questionada dizia que não gostava de um funcionário do local e de duas colegas de sala. “Ela já chegou a falar que queria matar essas coleguinhas, de tanta raiva que ela está sentindo”, diz a mãe.
A mulher conta que a filha também desenvolveu síndrome do pânico e arritimia cardíaca, e vem sendo medicada. Ela chegou a passar por atendimento com médico neurologista. Na delegacia, a menina trocou poucas palavras com a delegada, e não comenta o caso. A reportagem também tentou conversar com a criança, mas ela não diz uma palavra. Até com a psicóloga da Polícia Civil a criança falou pouco.
Desde o dia 11 de junho, quando a avó notou que algo de errado estava acontecendo, ela não vai mais à escola. A mãe conta que a criança nunca havia tido problemas de comportamento.
De acordo com a delegada Priscila Alferes, da DDM, o silêncio da menina e a negação diante do exame podem estar ocorrendo devido ao estado de trauma em que ela se encontra.
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A delegada alerta os pais e responsáveis por crianças para que fiquem sempre atentos a mudanças de comportamento dos pequenos.
MAIS
Caso foi registrado como estuproFoi registrado um boletim de ocorrência referente a estupro de vulnerável. Desde agosto de 2009, quando houve uma alteração na lei, qualquer tipo de abuso sexual contra crianças e adolescentes é considerado estupro, mesmo que não haja consumação do ato sexual.
15 anos é a pena máxima para este tipo de crime
Polícia ouvirá professores e colegasO caso ainda não foi comprovado. Como a criança não fala quase nada, a investigação ainda fica mais difícil. Nos próximos dias, funcionários e professores da escola serão ouvidos pela equipe da DDM de Bauru. Colegas de sala da criança também devem prestar depoimento.
8 anos é a pena mínima para crime de estupro