Soares cobra "ruptura" com Galindo

POLÊMICA | 25/07/2011 - 19:14

Andréa Haddad

     Ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares aproveita o debate entre os tucanos sobre a possibilidade do partido romper com o prefeito Chico Galindo (PTB) para retomar as críticas à gestão petebista. Em ofício encaminhado nesta segunda (25) ao presidente do PSDB em Cuiabá, deputado Guilherme Maluf, Soares sustenta que os cerca de 10 mil filiados à legenda na Capital devem ser convocados para definir se a legenda deve deixar ou não a base de sustentação ao prefeito.

     No documento, Soares elenca uma série de questionamentos, entre eles se o partido vai lançar ou não candidato próprio ao Alencastro ou apoiar “o atual prefeito no seu escondido projeto eleitoral de 2012?”. Ele lembra que a sigla venceu as últimas quatro eleições ao Executivo. Também alega que os filiados devem ser consultados sobre o apoio à terceirização no gerenciamento do pronto-socorro municipal, bem como sobre a concessão da Sanecap à iniciativa privada, conforme previsto pela equipe de Galindo.

     “É preciso saber se o PSDB concorda ou não com a venda do patrimônio público (…) com o descalabro na saúde pública municipal provocado pelo desejo inescondível do atual governo municipal em sucatear os serviços públicos, desmontá-los, desmoralizá-los perante aos usuários e sociedade em geral, para dar consequência prática a sua entrega à sanha dos interesses privados”, diz um trecho.

     Ao final, Soares lembra que o prefeito também aceitou entregar o gerenciamento das obras do PAC ao governo do Estado. Diante disso, cita trechos do regimento interno que apontam para a necessidade de convocação de todos os tucanos da Capital para definir as novas diretrizes do diretório.

     Soares já denunciou supostas irregularidades na aplicação dos recursos da Saúde na administração Chico Galindo. O discurso favorável ao rompimento com Galindo também é defendido por Maluf, pré-candidato a prefeito em 2012. Contudo, a legenda conta com seis secretários na administração municipal, que resistem em deixar os cargos nos bastidores.

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