VÁRZEA GRANDE | 30/07/2011 - 09:51
Andréa Haddad
Há mais de dois anos com a perspectiva de lançar candidatura à sucessão do prefeito de Várzea Grande Murilo Domingos, o vice Tião da Zaeli tem dois desafios descomunais pela frente. Para vencer a disputa, ele terá que “peitar” o grupo político dos Campos, família mais tradicional da política várzea-grandense, e do próprio Murilo, que tem a máquina administrativa nas mãos.
Empresário, Tião não perde a oportunidade de criticar a gestão do titular desde que Murilo deixou de cumprir o suposto acordo de renunciar em 2010 para disputar a outro cargo eletivo e, com isto, deixar a prefeitura nas mãos do vice. Na condição de pré-candidato, ele diz que pretende resolver uma série de problemas crônicos do município, como falta de saneamento e infraestrutura, caso eleito.
Apesar de propalar aos “quatro ventos” a vontade de trabalhar pela cidade, Tião também deve enfrentar desgaste por fazer parte da atual gestão e por ter assumido o Paço Couto Magalhães reiteradas vezes devido aos pedidos de licença médica apresentados por Murilo. Mesmo quando teve o poder da caneta nas mãos, o empresário disse que não podia fazer as mudanças que julgava ser necessárias por falta de autonomia no staff de Murilo. Este, por sua vez, contrapõe o vice. Segundo o prefeito, Tião teve tempo suficiente para trabalhar, mas optou por apenas tecer críticas aos colegas.
Tião é considerado um elemento novo na política, que surgiu em 2008, quando concorreu ao primeiro cargo eletivo. Com perfil empresarial, ele enfrenta dificuldades para costurar apoios de “peso” à pré-candidatura. Um dos que devem estar no palanque dele é José Riva (PP), presidente da Assembleia e organizador no Estado do PSD, partido a ser criado na Justiça Eleitoral. Tião é o presidente da Comissão Provisória da sigla em Várzea Grande. Tirando o “fator Riva”, faltam cabos eleitorais do município ao empresário.
Ex-deputado federal e no segundo mandato de prefeito, Murilo está com a máquina administrativa nas mãos e não deverá ter dificuldades para viabilizar a pré-candidatura do sucessor. Por enquanto, não há nomes oficializados, mas o republicano já articula o projeto nos bastidores.
O grupo dos irmãos Jayme e Júlio Campos, senador e deputado federal, respectivamente, também trabalham no projeto à sucessão de Murilo. Eles analisam a possibilidade de eleger Lucimar Campos, ex-primeira-dama do Estado e do município, à prefeitura. Ela é casada com Jayme e cunhada de Júlio. Ambos não mediriam esforços em Brasília para viabilizar a liberação de emendas parlamentares a Lucimar. Jayme e Júlio avaliam que, desta forma, ela poderia fazer uma gestão bem-sucedida e “enterrar” de vez a resistência de parte do eleitorado várzea-grandense à família Campos.
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