Homero cobra alguma intervenção de governador sobre queda de Pagot

Patrícia Sanches

    O deputado federal Homero Pereira (PR) lamentou a “queda” do colega de partido Luiz Antônio Pagot, que atuava como diretor-geral do Dnit. Ele alerta que, diante dessa situação, é necessário que haja uma mobilização suprapartidária para que o Estado não perca espaço no staff de Dilma Rousseff (PT).

      Ele pondera que, neste caso, até mesmo o governador Silval Barbosa (PMDB), que é do mesmo partido do vice-presidente Michel Temer, precisa reivindicar a manutenção de um mato-grossense no posto.

    “Pagot ocupava uma posição estratégica para Mato Grosso. É necessário reivindicar. O Estado está perdendo a figura mais importante, se isso não tiver incomando o governador, não sei o que incomoda. Tem a questão partidária, mas é necessário manter o espaço”, avalia Homero. Acontece que o ministério dos Transportes e o Dnit são bastante assediados, principalmente pelo PMDB de Temer e o próprio PT de Dilma. Por enquanto, ao menos à frente do ministério, a presidente mantém o republicano Paulo Sérgio Passos.

    Homero pondera que até agora não foi convocado para nenhuma reunião com o presidente estadual do PR Wellington Fagundes ou com os membros da nacional. “Estou na expectativa. Como membro não vou liderar um movimento, vou respeitar as instâncias, por isso, estou aguardando”, pontua o republicano.

    O pedido de demissão de Pagot foi oficializado pelo ministério dos Transportes nesta segunda (25). O mato-grossense é um dos pivôs de uma das piores crises do governo Dilma Rousseff. Até agora já caíram 17, entre eles o ex-ministro Alfredo Nascimento.

    Logo que as denúncias de superfaturamento e pagamento de propinas surgiram, o governo chegou a anunciar o afastamento do diretor-geral, depois recuou sob justificativa de que ele estava de férias. Em princípio o mato-grossense sonhava em continuar no posto, mas, aos poucos, uma série de denúncias tornaram o retorno inviável. “É uma perda irreparável. Pagot é uma das pessoas mais preparadas, conhece a logistica como ninguém, conhecedor de Mato Grosso”, avalia.