Primeiro semestre: Casos de pedofilia em Várzea Grande aumentam 17%

Um crime que aterroriza a sociedade brasileira e silencia as vítimas que sofreram abuso sexual na infância ou no início da adolescência. A pedofilia é um dos delitos que mais gera repercussão na mídia nacional e, consequentemente, assusta e preocupa autoridades e população em geral – seja pela omissão por parte das vítimas ou pelo crescimento do número de denúncias obtidas nos boletins de ocorrências da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a pedofilia como “preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou de outro sexo, geralmente pré-púberes”. As vítimas acometidas pelo crime sexual estão na faixa etária de oito a 13 anos. Especialistas no assunto definem o diagnóstico de pedofilia como um sentimento intenso de desejo sexual e fantasias por crianças que ainda não entraram na puberdade. O abusador altera seu comportamento se não tem suas necessidades sexuais atendidas ao se deparar com a criança que lhe desperta desejo.

Conforme um levantamento do setor de estatística da PJC, somente em Várzea Grande foram registrados 41 casos de abusos sexuais a crianças e adolescentes na idade de 0 a 17 anos no primeiro semestre deste ano. Comparado ao mesmo período do ano passado, foram denunciados 35 casos na segunda maior cidade do Estado – um aumento de pouco mais de 17%. Já em Cuiabá, no primeiro semestre deste ano, as estatísticas indicam queda – foram denunciados 230 casos de pedofilia, contra os 261 que chegaram ao conhecimento da polícia no mesmo período de 2009. Mas os números não correspondem à realidade.

O Estado do Mato Grosso está no topo do ranking brasileiro de denúncias de casos de pedofilia e abuso infantil. É por isso, que em janeiro de 2009 o vereador Toninho do Gloria fundou a ONG MT contra a pedofilia. O trabalho da Ong MT contra a pedofilia foi destaque nos principais jornais, emissoras de rádio, TV locais, e também sites. A ação de combate da Ong MT contra a pedofilia também ganhou repercussão nacional por meio do Jornal Folha de São Paulo, Agência Brasil, emissoras de TV como a Rede Record e principais sites de notícias como Terra e UOL. “Para nós é extremamente importante o apoio da imprensa para combater esta atrocidade que é a pedofilia”, ressaltou Toninho do Gloria.

É também do Toninho do Gloria a iniciativa para a criação da campanha permanente “Várzea Grande Contra a Pedofilia”, plano muncipal de combate a pedofilia,conselho municipal de combate a pedofilia em Várzea Grande.

Vários atos foram realizados em todo o estado, na Semana Estadual de Enfrentamento a Violência Sexual contra a Criança e Adolescente.

Na Camara Municpal de Várzea Grande, Toninho do Gloria tem se destacado como defensor da causa da criança, adolescente, mulher, idoso e também dos direitos humanos. Atualmente é presidente da comissão especial de Combate a Pedofilia e Abuso Sexual Infantil. O vereador integra ainda as comissões de Defesa do Consumidor, Educação, e também de Meio Ambiente.

Para Toninho do Gloria, a criança é prioridade absoluta, Através de projeto de Lei, proibiu também o uso das chamadas pulseiras do sexo na rede escolar, como uma forma de combater a violência sexual e física. Como presidente da Comissão da Ong MT contra a pedofilia conseguiu a capacitação dos professores para cuidar com mais eficiência das crianças varzeagrandense.


Segundo a responsável pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande, Juliana Chiquito Palhares, as vítimas de pedofilia omitem denúncias a Polícia, uma vez que o número de casos ocorridos é maior que os registrado nos boletins de ocorrência.

Os criminosos – Juliana explica que existem dois perfis de pedófilos: aquele que vive em ambiente doméstico e o que aborda as vítimas nas ruas. Quem pratica crimes de natureza sexual contra crianças e adolescentes pode ser qualquer cidadão independente da classe social – geralmente é casado, bem sucedido, possui qualquer grau de instrução e está na faixa etária de 30 a 45 anos.

“A criança, na sua ingenuidade, não consegue definir o que é um ato criminoso e um ato de carinho. Elas não entendem o que está acontecendo, para elas na maioria das vezes trata-se de um carinho ou afeto. Os pedófilos tentam conquistar a confiança e a simpatia das vítimas, seduzindo-as com jogos, doces e brincadeiras. Na maioria das vezes os abusadores são tios, pais, vizinhos, padrastos e primos”, lamenta a delegada.

Em abril do ano passado, um crime que chocou o país foi do garoto Kayto Guilherme Nascimento Pinto, de 10 anos. Ele foi violentado e assassinado em um terreno baldio, a 500 metros do Fórum de Cuiabá. O autor do crime é Edson Alves Delfino, que prestava serviços de pedreiro no condomínio onde o Kayto morava. O pedófilo responde por homicídio, ocultação de cadáver e ato libidinoso.

Edson havia sido condenado anteriormente a 46 anos de prisão por violentar e matar a pauladas um garoto de oito anos em Primavera do Leste (231 km de Cuiabá). Porém, o maníaco respondia pelo crime em regime semi-aberto e se encontrava solto pelas ruas da capital antes de assassinar Kayto. Atualmente, está detido na penitenciária Central do Estado e está condenado a 35 anos de prisão pela morte de Kayto.









por Cristiane Sagioratto/com assesoria

www.todoscontraapedofiliamt.com.br

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