Pedófilo salvo por policiais militares

Está preso na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Camaçari, o pedófilo Cristiano da Silva Nascimento, 30, biscateiro, responsável por abusar sexualmente de uma menina de quatro anos, quando esta dormia em seu quarto, na casa dos pais, no Parque Verde, naquele município. Autuado, nesta terça-feira (25), por estupro de vulnerável pela delegada titular Thaís Siqueira do Rosário, Cristiano disse no interrogatório que atacou a criança, movido por uma fantasia sexual.

Segundo Thaís Rosário, “o episódio é um exemplo da falta de cuidado com que algumas pessoas abrigam desconhecidos em seus lares sem questionar a origem”. A mãe da vítima permitiu que, na última segunda-feira (23), um casal e os três filhos pequenos se hospedassem em um quarto de sua casa por alguns dias. Acompanhando o casal estava o amigo Cristiano da Silva Nascimento, que surgiu de última hora e não tinha onde ficar e foi aceito na casa também.

À noite, quando todos dormiam, Cristiano, que estava no sofá da sala, foi ao quarto da criança, tirou sua calcinha e iniciou a prática de sexo oral com a menor. Assustada, a criança despertou e, antes de correr para o quarto dos pais, foi ameaçada pelo maníaco para não dizer nada. Pela manhã, a menina contou tudo à mãe, que questionou Cristiano, tendo este fugido em direção a rua. Alertados pelos gritos da mãe da vítima, moradores do bairro interceptaram e surraram o pedófilo com paus e pedras. A PM foi chamada, interrompeu o linchamento e encaminhou Cristiano à Deam.

Palestras

Questionada sobre o crescimento de casos de abuso sexual nas últimas semanas em Camaçari, a titular da Deam, Thaís Rosário, acredita que o aumento no número de ocorrências se deve à maior consciência da população da cidade em relação a esse tipo de crime. Segundo a delegada, é grande a demanda por palestras proferidas por ela sobre violência contra a mulher ou abuso de vulneráveis, às quais ocorrem, em média duas vezes por semana, em escolas e centros comunitários da região. “É uma forma de aproximar a Polícia Civil da comunidade e conquistar a confiança da população. Enfatizo em todos esses encontros que fatos como este têm que ser denunciados sempre”, explica Thaís.