Vereador de Curralinho recebe liberdade provisória



O juiz Cornélio José Holanda concedeu liberdade provisória ao vereador Janil Macedo Martins (PDT), de Curralinho, preso desde segunda-feira acusado de maus tratos contra a sobrinha de 12 anos. O juiz atendeu ao pedido dos advogados, contrariando a vontade do promotor de justiça do Ministério Público, Marcio Leal Dias, que é desfavorável à soltura. Janil também é acusado de compra de votos nas eleições passadas.

O delegado de Curralinho, Newton Brabo, informou que o vereador não quis prestar nenhuma declaração, para a polícia, sobre a acusação de maus tratos contra a sobrinha. Ele declarou que só vai falar perante o juiz.



ENTENDA O CASO

Após ser acusado de jogar pimenta na boca e nas partes íntimas da própria sobrinha de 12 anos, Janil foi autuado em flagrante pelos crimes de cárcere privado e tortura, na segunda-feira passada. A vítima afirmou em depoimento que foi algemada e agredida fisicamente. O fato aconteceu na casa da família da criança, no município, por volta de 3h.

O motivo dos atos de violência seria um castigo aplicado pelo vereador à menina, porque ela teria saído de casa à noite sem o consentimento da mãe.

As algemas usadas pelo acusado para praticar o crime foram apreendidas. A menina foi resgatada da casa por policiais civis, militares e conselheiros tutelares por volta de 11h30 de segunda-feira. Ao ser encontrada, a criança estava com os pulsos presos a um par de algemas, sentada na cabeceira da cama. O fato chegou ao conhecimento do delegado na segunda-feira pela manhã, depois de ter sido denunciado anonimamente ao Conselho Tutelar e à Promotoria Pública de Curralinho. A informação inicial era de que uma menina era mantida em cárcere privado com as mãos algemadas ao “pé” da cama em uma casa, no bairro Prainha, no município. Diante disso, o delegado e o investigador Gerson junto com os conselheiros foram até o local e ali constataram o fato denunciado.

Em seguida, os policiais passaram a procurar o acusado, que foi encontrado no trapiche do município, por volta do meio-dia, aparentemente, tentando fugir da cidade.

Ao ser apresentado na Delegacia para receber voz de prisão do delegado, Janil Martins ainda desacatou o policial civil com palavras de baixo calão. O delegado tomou o depoimento da mãe, da própria vítima e de testemunhas. A menina contou ter saído de casa, sem avisar a mãe, por volta de 18h de domingo passado, para ir a casa de uma amiga. Depois, ambas foram passear na praça do município. Enquanto passeava, uma tia dela a teria visto no local. Ao chegar em casa, por volta de meia-noite, a tia dela lhe ameaçou dizendo que iria chamar o tio dela para lhe dar um castigo. Desesperada, a menina correu para os fundos da casa e se escondeu em uma mata existente no local.

Minutos depois, ela foi encontrada por vizinhos e levada de volta para casa. Passados alguns minutos, Janil Macedo chegou à casa e passou a agredir fisicamente a vítima com socos e chutes, e ainda proferiu palavrões. Depois, teria tirado a roupa da criança, deixando-a nua em frente a familiares e vizinhos. Em seguida, pegou uma porção de pimenta usada para temperar alimentos e jogou na boca da criança. Depois, esfregou a pimenta nas partes íntimas da vítima.

Após a agressão, segundo os depoimentos, ele saiu da casa sem dizer para onde iria. Aos prantos, a menina foi socorrida pela mãe, que lhe deu uma banho, para acalmar a irritação no corpo provocada pela pimenta. Instantes depois, Janil retornou à casa, com um par de algemas nas mãos, e algemou a menina à força ao “pé” da cama. Por volta de 3h, a mãe da vítima foi até a casa do acusado para lhe pedir que tirasse as algemas da filha, porque os punhos dela estavam inchados. Janil voltou ao local e retirou as algemas do “pé” da cama, porém as deixou presas aos pulsos da menina, que ficou sentada no local até de manhã. A mãe da vítima alegou que não denunciou o crime, porque era muito tarde e que, pela manhã, teria de ir trabalhar. Ainda, no depoimento, a menina afirmou que o tio era acostumado a agredi-la fisicamente, o que foi negado, em depoimento, pela mãe dela. Ao Conselho Tutelar, a menina afirmou que a mais recente agressão aconteceu no mês passado e que sua mãe, novamente, não tomou qualquer atitude. O vereador alegou ao delegado que somente irá se manifestar sobre as acusações na Justiça. (Diário Online com informações do Diário do Pará)

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com