Nascido em Toronto, no dia 03 de abril de 2011, a Marcha surgiu como resposta a um policial que, durante uma palestra numa universidade, afirmou que os casos de estupro estavam associados ao tipo de roupa que a mulher usa.
De acordo com as ativistas, o discurso do policial deve ser censurado, pois “despreza a responsabilidade dos homens, únicos responsáveis pelos crimes, imputando-se às vítimas, ou seja, às mulheres, a culpa pela violência sofrida”.
A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Shirin Ebadi, afirma que as mulheres sofrem primeiro com a falta de liberdade e criticou a segregação que o público feminino sofre na sociedade.
“Os direitos das mulheres estão diretamente vinculados à democracia e são elas as primeiras a sofrer as consequências quando a justiça e as liberdades retrocedem em um país”, afirmou a magistrada iraniana.
A comissão de comunicação do coletivo - que reúne pesquisadoras acadêmicas, estudantes e profissionais do mercado - apontam que o objetivo da Marcha é provocar a reflexão e o debate sobre questões que afetam a dignidade, segurança e qualidade de vida das mulheres, que, muitas vezes, veem-se numa posição de subordinação em relação aos homens, atendendo a modelos comportamentais pré-estabelecidos.
“Nossa discussão parte do respeito, que garante direitos iguais, independente da cor, sexo, sexualidade, corpo e idade. Trata-se da liberdade de ser quem quiser, fugindo de concepções estabelecidas”.





