Menina foi arremessada da máquina na noite de quarta em Pradópolis, SP.
Parque diz que ela ficou em pé durante movimento; defesa culpa trava.
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A Polícia Civil de Pradópolis (SP) instaurou um inquérito para investigar as causas da queda de uma menina de 9 anos de um brinquedo instalado no parque de diversões da Festa do Peão do município, realizada pela Prefeitura. Luana de Paula Ferreira da Silva, de 9 anos, foi arremessada da cadeira do brinquedo conhecido como skiing dance na noite de quarta-feira (12). A menina, que foi socorrida por um operador de máquinas do parque, sofreu um grave ferimento na cabeça e levou 14 pontos, e hematomas pelo corpo.
Um funcionário do parque afirmou à polícia que a menina ficou em pé - o que é proibido - no momento em que o brinquedo começou a se movimentar. No entanto, o advogado da família da vítima alega que houve problemas na trava de segurança do equipamento.
Segundo o delegado Ildon Pimenta de Paula, responsável pelo caso, foram ouvidos o responsável pelo parque, a mãe da criança e o operador do brinquedo. A mãe da menina não estava presente no momento do acidente, e havia deixado a criança sob responsabilidade de um amigo da família. "O operador foi incisivo. Disse que estava atento e que averiguou as travas de segurança. O que chamou a atenção é que ele disse que quando o briquedo começou a rodar, essa criança se levantou do brinquedo e foi arremessada. Precisamos da perícia para comprovar, mas segundo o operador do brinquedo a trava de segurança permaneceu fechada", diz.
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A menina, no entanto, nega que tenha ficado em pé no brinquedo. "Sentei no brinquedo e começou a música. O brinquedo começou a rodar, foi para frente e depois foi para os lados. Fiquei com medo, e nisso eu caí no chão. O brinquedo bateu no meu olho, e depois arrastou nas minhas costas. A trava foi para a frente duas vezes. Eu não fiquei em pé no brinquedo. Eu voei do brinquedo", diz. A mãe de Luana, Raquel Rosa de Pina, diz que ainda está assustada com o acidente. "Fiquei muito preocupada. Achei que eu fosse perder a minha filha", afirma.
Resgate
O operador de máquina Davi Leite da Silva foi quem parou o brinquedo e socorreu Luana no momento do acidente. Ele afirmou à reportagem que não chegou a ver a menina de pé no brinquedo, mas diz que não há outra explicação para a queda. "Ela deve ter subido na cadeira e ficado de pé. Não cheguei a vê-la de pé. Só a vi quando ela caiu. Desliguei e freei o brinquedo e corri para pegá-la. Pulei e rolei com ela para o centro do brinquedo, para protegê-la. Fiquei com ela até o socorro vir", diz.
O operador de máquina Davi Leite da Silva foi quem parou o brinquedo e socorreu Luana no momento do acidente. Ele afirmou à reportagem que não chegou a ver a menina de pé no brinquedo, mas diz que não há outra explicação para a queda. "Ela deve ter subido na cadeira e ficado de pé. Não cheguei a vê-la de pé. Só a vi quando ela caiu. Desliguei e freei o brinquedo e corri para pegá-la. Pulei e rolei com ela para o centro do brinquedo, para protegê-la. Fiquei com ela até o socorro vir", diz.
O advogado da família, Sebastião Almeida Viana, contesta a versão do operador. "Há inúmeras testemunhas presenciais do acidente e elas esclarecem que o problema não foi a menina, foi a trava do brinquedo. Parece que a trava se abriu por um momento e a menina caiu e foi arrastada pelo brinquedo", afirma.
Viana diz também que o resgate demorou para chegar ao parque, uma vez que, segundo ele, não havia nenhuma ambulância no recinto. "A ambulância demorou em torno de 40 a 45 minutos para socorrer a menina. Ela estava sangrando. Deveria ter ambulância no recinto, mas este ano não houve nenhuma. Vou requerer a documentação junto à prefeitura para saber como foi realizada a contratação desse parque e ajuizar uma ação de indenização para a família", diz.
Prefeitura
Segundo o secretário de Esportes de Pradópolis, Edmar Luis Ventura, a empresa responsável pelo parque de diversões apresentou todas as documentações necessárias para operar durante a Festa do Peão. "Por ser uma festa pública, a gente leiloa o espaço. A empresa que arrematou apresentou toda a documentação necessária. A festa tem alvará dos bombeiros e os laudos necessários para que ela aconteça", explica.
Segundo o secretário de Esportes de Pradópolis, Edmar Luis Ventura, a empresa responsável pelo parque de diversões apresentou todas as documentações necessárias para operar durante a Festa do Peão. "Por ser uma festa pública, a gente leiloa o espaço. A empresa que arrematou apresentou toda a documentação necessária. A festa tem alvará dos bombeiros e os laudos necessários para que ela aconteça", explica.
Ainda de acordo com Ventura, o recinto onde a festa acontece dispõe de duas ambulâncias. Ao contrário do que foi afirmado pelo advogado da família, o secretário diz que o resgate da menina não levou mais de 10 minutos. "Trabalhamos com duas ambulâncias no parque. O resgate demorou de cinco a dez minutos porque houve uma troca de ambulâncias nesse intervalo. Temos equipe de socorristas e bombeiros aqui. A remoção da criança foi feita para o centro médico, que fica a menos de 500 metros do parque", diz.
A comissão organizadora da festa informou ainda que a perícia vistoriou e liberou o funcionamento do brinquedo após o acidente.