Andréa Haddad
O ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda não se manifestou sobre o pedido de inspeção feito pelo presidente da OAB em Mato Grosso, Cláudio Stábile, nas faculdades de Direito do Estado. O documento foi enviado há cerca de 15 dias. Stábile exige uma avaliação sobre os fatores que pesaram no baixo desempenho dos estudantes mato-grossenses no exame da ordem. “Acredito que teremos uma resposta no início de agosto”, aposta o representante da OAB.
Mato Grosso teve a segunda pior colocação dentre as faculdades do país. Só ficou à frente do Acre. Ao todo, 90% dos candidatos que fizeram a prova no Estado foram reprovados. Dos quase três mil inscritos, apenas 7% conseguiram passar. “O MEC extinguiu 400 vagas em Mato Grosso, mas ainda é um passo tímido no sentido de corrigir esta distorção que existe no país”, afirma Stábile.
O exame consiste em duas etapas, sendo que a primeira foi realizada em fevereiro e a segunda em maio deste ano. Estudantes da UFMT tiveram o melhor desempenho do Estado. Dos 73 inscritos pela instituição, 56,52% foram aprovados na primeira etapa e, 28,99%, na segunda. A Unemat e a Faculdade de Sorriso também figuram no topo do ranking.
Por outro lado, duas instituições “zeraram”. São elas: Faculdade para o Desenvolvimento do Estado e do Pantanal Mato-grossense (FAP) e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto (Faiesp). Na primeira, apenas um estudante fez o exame. Já a Faiesp teve 20 inscritos, sendo que 5% foram aprovados na primeira fase e, nenhum, na etapa final.
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