Para evitar greve, operários pedem novo acordo salarial

• Consórcio Santa Bárbara/Mendes Jr. deve voltar a discutir prêmios de funcionários

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  MidiaNews 
  
  Consórcio e funcionários devem firmar novo acordo, previsto para as próximas semanas

  
  ISA SOUSA
  DA REDAÇÃO
  

  Operários que trabalham nas obras da Arena Pantanal, o novo estádio Verdão para a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá, devem voltar às negociações sobre um novo acordo salarial com o consórcio Santa Bárbara/Mendes Jr., responsável pela construção, ainda nesta semana. O último acordo, firmado em fevereiro deste ano, venceu no dia 28 de junho.
  
  No dia do vencimento também foi homologada a Convenção Coletiva de Trabalho de diversas categorias, entre elas de pedreiros e serventes.
  
  O acordo entre a empreiteira e os funcionários foi necessário, em função da ameaça de paralisação das atividades, ainda em janeiro deste ano. Na ocasião, os operários reclamavam dos baixos salários.
  
  Um servente, por exemplo, estava ganhando R$ 587 e um pedreiro, R$ 772. Atualmente, a média dos salários de ambos é de, respectivamente, R$ 1.200 e R$ 1.500.
  
  O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios, que está fazendo a intermediação entre operários e empreiteira, Joaquim Santana, disse ao MidiaNews que uma comissão formada pelos funcionários está sendo feita para negociar diretamente com a Santa Bárbara.
  
  "Pelo que vem sendo feito até agora, é possível que seja pacífico o acordo. O que a comissão irá discutir não é o salário, esse continuará mantido. O que eles querem é a manutenção de prêmios, como o de assiduidade, que garante um cartão vale-refeição, por exemplo, substituindo a cesta básica", disse. 
  
  Relembro o caso
  Em 21 de janeiro deste ano, os funcionários do consórcio Santa Bárbara/Mendes Jr. acionaram o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios, já que a construtora pagava apenas o piso da categoria.
  
  O sindicalista explicou que, no mercado cuiabano, normalmente, um pedreiro tem rendimento médio de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil, de acordo com a obra que pega. Além do piso, os profissionais recebem pela produção.
  
  Na época, os trabalhadores ameaçaram entrar em greve, o que não aconteceu graças ao acordo.