Mesmo considerada ilegal, greve da Polícia é mantida

  • Segundo o sindicato, movimento é por tempo indeterminado; Governo diz que não negocia


  • MidiaNews 

    A Polícia Civil atende só casos considerados emergenciais; greve dos agentes é mantida no Estado

    ISA SOUSA
    DA REDAÇÃO

    A greve dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso ainda permanecerá por tempo indeterminado. A informação é do presidente do sindicato que congrega as duas categorias (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva.

    Iniciada no dia 1º de julho, a primeira paralisação durou 13 dias e foi suspensa para que as duas categorias pudessem negociar com o Governo do Estado. Sem uma proposta que agradasse os manifestantes, a greve voltou, mesmo tendo sida declarada ilegal pelo Tribunal de Justiça.

    Além da ilegalidade, como forma de punição, caso o movimento permaneça, terá de pagar uma multa diária de R$ 20 mil. Outra medida tomada pelo Estado, na última terça-feira (19), foi o corte no ponto dos investigadores e escrivães.

    Os únicos trabalhos mantidos em 100% são das prisões em flagrante, retirada de corpos de vias públicas e residências, bem como a transferência de presos. Como manda a lei, em outras funções, as categorias trabalham com 30% do efetivo, o que, em alguns municípios, significa que praticamente trabalha estagnado.

    "Ainda estamos paralisados e vamos continuar até o Estado negociar conosco dignamente. Quanto à declaração de ilegalidade, ainda não fomos notificados, mas, de qualquer forma, nosso setor jurídico irá tomar todas as medidas necessárias", disse Cledison.

    Reivindicações
    Os investigadores e escrivães da Polícia Civil alegam que o setor não passa por uma reestruturação salarial desde 2008.

    Atualmente, o Estado possui 2.100 investigadores e escrivães, lotados em 104 Municípios. O salário inicial de ambos é R$ 2.365,00 e, conforme o presidente do sindicato, a proposta é que esse teto aumente para R$ 5.500,00.

    "O salário que propomos é o equivalente ao valor que ganha um perito, no início da carreira. O que queremos, com o movimento, é que o governador Silval Barbosa abra o diálogo conosco e que cheguemos a um acordo, já que, até agora, não conseguimos nada", afirmou o sindicalista.

    Segundo a tabela enviada pela SAD, a partir de dezembro de 2011, o salário inicial seria 2.460 e, o final, para classe E, nível mais alto da carreira policial, R$ 6.231. Já a partir de maio de 2012, o inicial seria R$ 2.706 e o final, R$ 6.854.

    Em maio de 2013, os escrivães e investigadores passariam a receber R$ 2.976 e R$ 7.539. No mesmo mês do ano seguinte, 2014, os salários seriam R$ 3.274 e R$ 8.293, inicial e final, respectivamente. Porém a proposta não foi aceita
    .

    Outro lado
    Por meio da assessoria da Secretaria de Estado de Administração (SAD), o Governo do Estado reforçou que não irá negociar com nenhuma categoria que estiver em greve.

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