Cuiabá: movimento comunitário e MP se unem contra violência

Fonte: Assessoria

Pelo menos 30 em cada 100 delitos e crimes que ocorrem em bairros de Cuiabá podem ser evitados se houver envolvimento das comunidades com as forças de segurança pública. A projeção partiu da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) e do Ministério Público do Estado, com base em trabalho de campo de acadêmicos do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizado entre 2009-2011, em 29 bairros da capital.
Para pôr em prática essa tese, a Ucamb e o MPE unem forças, hoje, a partir das 19 horas, no Centro Comunitário do CPA-I (Morada da Serra), região Norte de Cuiabá, debatendo propostas com as forças organizadas das comunidades. "É o recomeço da discussão para tentarmos reduzir a violência em nossa cidade", argumenta o presidente da Ucamb.
Nessa reunião, são esperados pelo menos 60 dirigentes de bases populares e organizações sociais para discutir medidas preventivas contra a criminalidade. "Estamos agindo para ao menos tentar evitar que vidas sejam ceifadas, prematuramente", justifica Édio Martins, um dos coordenadores do evento.
A servidora pública Eliane da Rocha Ida, ex-mulher do jornalista Auro Ida, brutalmente assassinado na noite do último dia 21 deste mês, no Jardim Fortaleza (Coxipó), é uma das convidadas para reunião. Eliane e suas filhas foram convidadas pela Ucamb para falar da dor da família e das investigações do homicídio que tirou a vida de Auro. Outros familiares de vítimas da violência de diversos bairros da região Norte de Cuiabá também foram convidados.
Além da reunião da noite desta quinta-feira, mais duas estão agendas para as 19 horas do próximo dia 11 de agosto. Uma na Base Comunitária do Ribeirão do Lipa, abrangendo todos os bairros da região Oeste da capital e outra na região Leste, em local ainda a ser confirmado.

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