Menores infratores assistem a palestra sobre pedofilia e bullying em Ipatinga

Menores infratores assistem a palestra sobre pedofilia e bullying em Ipatinga

A tarde desta quinta-feira (21) foi de reflexão para um grupo de 50 menores infratores da comarca de Ipatinga. Acompanhados por seus responsáveis, os adolescentes participaram de uma audiência coletiva para remissão de pena, no Salão do Júri do Fórum Dra. Valéria Vieira Alves.
Além de serem advertidos pelo juiz da Vara da Infância de Juventude, José Clemente Piedade de Almeida, os jovens assistiram a uma palestra com foco na pedofilia, no bullying e nas drogas, ministrada pelo Comissário da Infância e Juventude Mário Ferreira Duarte.
Na abertura da audiência, José Clemente lamentou que os adolescentes presentes no Salão tenham se envolvido em atos infracionais, como furto, desacato, posse e tráfico de drogas, roubo, porte de arma, ameaça, perturbação da ordem pública, agressão, entre outros.
O juiz conclamou os menores a se colocarem no lugar do outro antes de infringirem a lei. “Algum de vocês gostaria de ser vítima de furto? E de ser agredido? Imagino que não. Pois isso, é preciso pensar muito antes de agir”, advertiu.
Reflexões
A fim de estimular os adolescentes à mudança de comportamento, o Comissário Mário Ferreira Duarte passou alguns vídeos sobre pedofilia e bullying. Ao tratar sobre a pedofilia, lembrou que os pais devem dedicar atenção especial aos filhos para evitar que estes sejam vítimas da ação de pedófilos. “Geralmente, o pedófilo é uma pessoa acima de qualquer suspeita. Em um primeiro momento, ele é atencioso e sedutor – o pai que os filhos queriam ter. Mas depois, ele retira a máscara”, alerta.
Conforme o comissário, os pais precisam conhecer seus filhos e participar ativamente de suas vidas, para que possam perceber quando algo estiver errado. “Comportamentos diferentes, como isolamento ou agressividade, podem estar relacionados a alguma violência sofrida pela criança ou adolescente”, observou.
Ao tratar da violência, o comissário discorreu ainda sobre o bullying - termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos. “O bullying deixa seqüelas psicológicas na vítima. Essa é uma forma de violência que deve ser combatida”, ressaltou.
Limites
A falta de limites no processo de educação dos filhos também foi abordada na audiência. A assistente social Eunice Ribeiro da Penha salientou que os pais precisam saber dizer “não”. “Educar não é sinônimo de bater. Mas é preciso colocar limites, impor a autoridade”, orientou. Eunice chamou atenção ainda para o fato de a maior parte dos adolescentes infratores estarem fora da escola. “Quando investigamos a vida dos adolescentes em conflito com a lei, vemos que a maior parte não está estudando. Os pais têm o dever de garantir esse direito dos filhos”, lembrou.
A audiência coletiva para remissão de pena tem sido realizada mensalmente pelo juiz José Clemente Piedade de Almeida. O objetivo é agilizar os processos e cumprir de forma mais efetiva o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Também participou da audiência o Promotor de Justiça da Infância e Juventude, Fábio Finotti.

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