Pará tem candidatos envolvidos no "mensalão" e em abuso sexual

Lucy Silva


Direto de Belém

A Justiça Eleitoral do Pará deferiu o pedido de candidatura do deputado Paulo Rocha (PT-PA), envolvido no escândalo do mensalão, e que pleiteava uma vaga para concorrer ao Senado, pela coligação "Acelera Pará". Rocha renunciou seu mandato em outubro de 2005, depois que a mesa da Câmara dos Deputados ofereceu representação contra ele por envolvimento no caso.

Outros dois deputados que tiveram pedidos de impugnação de candidaturas feitos pelo Ministério Público Federal do Pará, por renunciar à mandatos para evitar cassação, também tiveram seus pedidos deferidos nesta quarta-feira (4), em sessão extraordinária realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA).

Segundo informou o TRE, Jáder Fontenele Barbalho (PMDB), que também vai concorrer ao Senado, teve sua candidatura deferida por 4 a 2 na Corte do TRE. Barbalho renunciou em outubro de 2001, após a presidência do Senado receber parecer favorável à abertura de processo por falta de decoro parlamentar. Jáder é acusado de mentir sobre seu envolvimento em desvios de verbas Banpará (Banco do Estado do Pará) e impedir que relatórios do Banco Central sobre o caso fossem enviados ao Senado.

O terceiro candidato que também poderá concorrer nestas eleições, mesmo sendo condenado por abuso sexual contra uma criança de 9 anos, é Luís Afonso Sefer, que renunciou seu mandato de deputado estadual, inclusive sendo expulso do DEM, quando a Assembleia Legislativa recebeu a denúncia sobre o caso. Sefer vai concorrer novamente a uma vaga para Deputado Estadual, desta vez pelo pela coligação "Acelera Pará" (PP-PT-PTB-PTN- PSC-PR-PHS-PCdoB).

O Ministério Público Federal tem três dias, a contar esta quarta-feira (4), para recorrer da decisão. Em nota, o ministério anunciou que vai recorrer das três decisões.