A magistrada que vai relatar o pedido de registro de Adail é Joana dos Santos Meirelles, e a previsão é de que a decisão ocorra em uma ou duas semanas.
Foi protocolado às 17h48 da tarde ontem (quarta, 4) o pedido de registro de candidatura de Manoel Adail Amaral Pinheiro a deputado estadual. Adail, ex-prefeito de Coari acusado de corrupção e de exploração sexual infantil, é hoje filiado ao PRP, que faz parte da coligação DEMOCRACIA E TRABALHO, ao lado de PTB e DEM.Pela Lei da Ficha Limpa, cidadãos condenados por órgãos colegiados não podem se candidatar a cargo político. Adail recorreu de sua condenação ao TSE, mas o Ministério Público Eleitoral pediu que o TSE mantenha a condenação, que já teria transitado em julgado, uma vez que o recurso foi feito depois do prazo.
Prevalecendo a lógica, o registro de Adail deverá ser negado pelo TRE do Amazonas, uma vez que o ex-prefeito foi condenado pelo mesmo TRE à inelegibilidade, na ocasião em que o então prefeito Rodrigo Alves, seu vice e dois vereadores de Coari também foram cassados e tiveram os direitos políticos suspensos.
A candidatura de Adail Pinheiro estaria sendo apoiada pelo ex-governador Eduardo Braga (PMDB), que estaria pressionando os partidos da coligação a ceder a vaga de um de seus candidatos ao ex-prefeito.
A relação de Adail com Braga é de amizade, e mesmo depois de denunciado, condenado e preso, o ex-prefeito de Coari continuou fazendo visitas ao gabinete do governador. A proximidade entre a cúpula da Prefeitura de Coari, onde foi montada uma linha de produção de fraudes licitatórias, e a cúpula do governo do Amazonas, ficou latente com a deflagração da operação Vorax, em maio de 2008.
Escutas da Polícia Federal trouzeram à tona, à época, a rede de proteção política que o amigo de Braga tinha a seu dispor, tanto na câmara municipal quanto no Tribunal de Justiça do Amazonas. Uma penca de juízes, inclusive uma filha de secretário estadual, foi flagrada trocando favores com o ex-prefeito.
O escândalo culminou com a CPI de Coari na Assembléia Legislativa do Amazonas, presidida por Marco Antônio Chico Preto (PMDB), outro amigo pessoal do ex-governador.
A CPI, pasme, não chegou a lugar algum.
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