Pedofilia MT:Rússia: votação encerra campanha marcada por vídeos polêmicos

Campanha de Putin relaciona 1ª vez nas urnas à 1ª relação sexual

SANDRO FERNANDES
Direto de Moscou
A corrida presidencial na Rússia está chegando ao fim, com as eleições neste domingo confirmando o favoritismo de Vladimir Putin. Mas a campanha política deixa muitas polêmicas e boas gargalhadas.
Um dos vídeos mais comentados nas redes sociais foi o da campanha de Putin, intitulado "Putin. Primeira vez, somente por amor". O vídeo mostra uma jovem, que se diz apavorada, num consultório médico. O profissional diz que é normal o nervosismo na primeira vez e que acontece com todo mundo. A jovem diz que a escolha dela é por amor e o médico a tranquiliza, dizendo que não há o que temer. E diz que o mais importante é confiar naquele que foi escolhido. "Confiar é amar. E a sua escolha merece confiança", completa o médico, apontando para uma revista que exibe o presidenciável Vladimir Putin na capa. O vídeo termina com a jovem indo votar (presumidamente pela primeira vez).
Na última semana, a oposição resolveu utilizar a mesma tática. A socialite e apresentadora de televisão Ksenya Sobchak, gravou um vídeo-resposta onde aparece chupando um pirulito e conversando com um médico. "Doutor, esta não é a minha primeira vez. A primeira vez foi em 2000. A segunda vez foi em 2004. E agora estou pronta para me doar pela terceira vez, mas eu tenho medo de que ele já não me ame". "Por que você não troca de parceiro?", aconselha o médico. "Eu tenho medo de pegar algum vírus, a infecção laranja (referência à Revolução Laranja, da vizinha Ucrânia)". O médico diz que ela não precisa se preocupar porque o "branco" vai protegê-la. A cor branca foi utilizada pela oposição nas manifestações dos últimos três meses para exigir eleições justas.
Não é a primeira vez que sexo e sensualidade são utilizados para angariar votos na Rússia. No ano passado, dois movimentos criados por jovens russas foram notícia em todo o mundo devido ao uso do corpo feminino como arma política, considerado apelativo por muitos. Algumas jovens criaram o Exército de Putin e outras inventaram o Meninas de Medvedev. Com caras e roupas sensuais, as meninas apareciam em vídeos sugestivos, motivando as russas a provarem o amor que sentiam pelos políticos Putin e Medvedev. Uma das campanhas, que prometia dar de presente um Ipad para a vencedora, dizia "Mostre os seus seios por Putin".
Em novembro, antes das eleições legislativas, um comercial do governo convocando as pessoas às urnas também foi alvo de críticas. O anúncio mostra um jovem casal paquerando numa seção eleitoral. Em seguida, a menina entra na cabine, mas agarra o rapaz para dentro do local de votação. Segundos depois, o casal sai ajeitando o cabelo e aparece o slogan do comercial: "Vamos fazer isso juntos".
Valores tradicionais em jogo na campanha
Uma das ausências mais comentadas na campanha presidencial da Rússia foi a da mulher do primeiro-ministro e candidato à presidência Vladimir Putin, Lyudmila Putina. Casados há 29 anos, há rumores de que os dois já estejam separados há quase dois anos e que Lyudmila esteja escondida num monastério, para não prejudicar a campanha de Putin.
"Em todos os encontros políticos ele aparece com um anel. Putin é um homem casado", explicou recentemente à imprensa Olga Kryshtanovskaya, deputada pelo partido governista Rússia Unida. "O presidente precisa ser um homem de família. Se você não tem família, como pode ser o pai da nação?", comentou Kryshtanovskaya, fazendo referência a um vídeo popular nas redes sociais que exige que o candidato Mikhail Prokhorov se case o quanto antes. Prokhorov é o terceiro homem mais rico da Rússia e considerado o solteiro mais cobiçado do país. O vídeo termina com a frase: "O presidente da Rússia deve ser um modelo moral".
Na semana passada, uma lei que proíbe a "promoção de sodomia, lesbianismo, bissexualidade, transgêneros e pedofilia a menores" foi aprovada em São Petersburgo. O tema ainda é um tabu na Rússia e 43,5% dos russos apoiam a recriminalização dos atos homossexuais consensuais entre adultos. Entre os presidenciáveis, apenas o solteiro Prokhorov se pronunciou contra a lei.

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