Da Redação - Lucas Bólico
Final da década de 1990, Rio de Janeiro. O governador daquele Estado, Marcelo Alencar (PSDB), visando se reeleger, mas gozando de pouca popularidade, contrata o renomado especialista em marketing político Duda Mendonça. Ao ver o volume de obras feitas pelo virtual candidato, mas ainda desconhecidas dos eleitores, Mendonça prepara o slogan: “Governo Marcelo Alencar – primeiro a gente faz, depois a gente fala”, e começa a apresentar as obras feitas na televisão e no rádio.
Começo da década de 2010, Cuiabá. O prefeito, Chico Galindo (PTB), em baixa popularidade e negando ser candidato à reeleição contrata meses antes da disputa o marqueteiro mineiro Marcos Vasconcelos, responsável pela campanha que elegeu e reelegeu Aécio Neves (PSDB) no Governo de Minas Gerais. O slogan das propagandas municipais torna-se: “Prefeitura de Cuiabá – primeiro a gente faz. E só depois a gente fala”.
No “primeiro a gente faz de Galindo”, estão inseridas até ações anteriores a sua gestão, como o projeto Siminina, criado há mais de dez anos, em 1997, pelo então prefeito de Cuiabá Roberto França, hoje no Democratas.
Apesar de o slogan do prefeito cuiabano ser uma réplica do realizado pelo marqueteiro do governador do Rio de Janeiro, as situações de ambos são substancialmente diferentes. Alencar apresentava obras em hospitais, escolas, ampliações nas linhas de metrô e renovação da frota. O então governador também tinha levado água para o Recreio dos Bandeirantes e levado asfalto e esgoto à Baixada Fluminense.
Galindo além de apresentar projetos antigos, também pode se orgulhar de ter lançado programas de limpeza da cidade e de asfaltamento com recursos próprios, que, no entanto ainda não foram concluídos. O petebista também lançou nesta semana um pacotão de obras para a Saúde com um investimento de R$ 10 milhões de recursos próprios da Prefeitura. Mas neste caso, os resultados começarão a sair em um prazo mínimo de 120 dias e tudo estará pronto até dezembro. Em síntese, a Prefeitura primeiro “está falando”.
O desfecho da história de ambos também tem tudo para ser diferente. Alencar conseguiu com sua campanha publicitária alavancar sua popularidade, mas acabou desistindo do pleito em cima da hora por problemas pessoais. Galindo, por sua vez nega que concorrerá, mas diz que fará seu sucessor. Seu colega de legenda, vereador e presidente da Câmara, Júlio Pinheiro, por sua vez, afirmou recentemente que o prefeito “é um homem de partido”, o que significa que se o PTB decidir que ele será candidato, ele acatará.
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