Laura Nabuco
O presidente da Câmara de Várzea Grande, Antônio Gonçalo Pedroso de Barros, o Maninho (DEM), que assumiu o cargo na última quarta (22) após a renúncia de João Madureira (PSC), confirmou a existência de um acordo entre eles, mas negou os rumores de que teria "comprado" o cargo. "Eu nem tenho dinheiro. O que nós combinamos é que cada um ficaria na presidência metade do mandato", ressalta.
Enfático em suas afirmações, o democrata garante até mesmo se colocar à disposição para qualquer tipo de investigação sobre o assunto. "Podem quebrar todos os meu sigilos, se for o caso. Não tenho nada a esconder", afirma. Para ele, os comentários não afetam em nada o seu trabalho. "Boato sempre tem. Onde há política é assim", avalia.
Maninho ainda garante que ser presidente da Câmara não oferece vantagem a nenhum parlamentar. Questionado sobre quais serão suas prioridades, no entanto, ele diz que deve focar seu trabalho nas cobranças ao prefeito Murilo Domingos (PR) e seu vice, Tião da Zaeli (sem partido). Eles ainda respondem por atos de improbidade administrativa e podem ser cassados. Se isso ocorrer, o principal beneficiado será Maninho, que passará a comandar a prefeitura.
O novo presidente também confirmou que Madureira se afastou do cargo para tratar de assuntos pessoais, que envolveriam processos que ele responde na Justiça. O principal deles diz respeito à contratação do funcionário fantasma Írio Márcio, que cumpria pena por latrocínio (roubo seguido de morte). Ele teria "trabalhado" na Câmara entre maio de 1999 até 2001, período posterior à condenação.
Madureira chegou a ser condenado a devolver aos cofres públicos R$ 480 mil, pagos indevidamente ao suposto assessor, além de perder seus direitos políticos por 3 anos, mas recorreu da decisão no Superior Tribunal de Justiça. O recurso também foi negado, mas Madureira nega possuir qualquer tipo de pendência com a Justiça.
A justificativa oficial dada por Madureira para renunciar ao cargo foi um tratamento de saúde. Na tribuna, durante a última sessão da Câmara, ele explicou que, por orientação médica, precisará viajar corriqueiramente a São Paulo (SP), onde será submetido a exames.
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