Wanessa Rodrigues
Foram três anos de sofrimento, até que a jovem de 14 anos, que não teve o nome divulgado, revelou a uma prima um fato que chocou toda a família: ela era abusada pelo pai desde os 11 anos. Segundo a garota, o pai, o pedreiro Jaime Rezende de Oliveira, 37, a obrigava a tomar anticoncepcionais para evitar uma gravidez indesejada: “Se engravidar, o problema será seu”, segundo consta no inquérito policial.
A denúncia, feita pela mãe da garota, chegou à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em novembro do ano passado, mas o acusado só foi preso na noite de ontem em uma situação estranha. Mesmo depois do ocorrido e de ficar cinco meses foragido, Jaime estava com a vítima, outras duas filhas e a esposa na residência da família, no Jardim Luz, em Aparecida de Goiânia.
A delegada Myrian Vidal de Castilho informa que depois de ir para Porto Velho (RO) e Minaçu (GO), Jaime voltou para casa. O acusado está com a família há dois meses, mas ainda não se sabe em que condições ele retornou e nem se continua a cometer abusos. Na manhã de ontem, ele estava em observação em um posto de saúde de Aparecida de Goiânia, depois de sofrer uma convulsão no momento da prisão.
A esposa do acusado, a vítima e uma das irmãs foram à delegacia, mas não falaram com a imprensa. Elas falariam na presença de um advogado, o que não tinha ocorrido até o final da manhã. Jaime tem prisão preventiva decretada desde dezembro de 2010 e, assim que retornar à delegacia e prestar esclarecimento, será encaminhado para a Casa de Prisão Provisória (CPP) e vai responder por estupro continuado (pena de 8 a 15 anos). Ele nega os abusos.
Preferência
Jaime tem outras duas filhas, uma mais velha e a outra é gêmea da vítima. Em depoimento à época da denúncia, a mãe disse que não percebia os abusos, mas que o marido tinha preferência pela filha que seria abusada.
Na ocasião, a menina contou que a última vez que o pai a aliciou foi em novembro de 2010, quando ele a levou ao dentista e, na volta, parou em uma construção. Na primeira vez que ele cometeu o crime, a mãe estaria na igreja e uma das irmãs na casa da avó. A delegada informa que a vítima disse que os abusos ocorriam duas vezes por semana e que era ameaçada pelo pai – dizia que, se ela contasse, ele mataria as outras filhas e a esposa.
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