Na Alerj, Myrian Rios repete pedido de desculpa a gays


A apresentadora Myrian Rios concorre ao cargo de deputada estadual pelo PDT do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação
Myrian Rios foi eleita para a Assembleia do Rio de JaneiroFoto: Divulgação

GABRIEL MACIEIRA
Direto do Rio de Janeiro
Envolvida recentemente em uma polêmica por ter insinuado que uma babá gay poderia praticar pedofilia contra suas filhas, a atriz e deputada estadual Myrian Rios (PDT) se desculpou novamente nesta terça-feira. Por cerca de dois minutos, Myrian repetiu, no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), as desculpas enviadas ontem a noite por meio de uma nota, reafirmando que jamais teve a intenção de igualar pedófilos a homossexuais.
"Sempre prezei pelo respeito, misericórdia e perdão. Deus ama todas as pessoas, independente do que elas são. Não sou preconceituosa e não discrimino. Eu repudio veementemente o pedófilo e jamais tive a intenção de igualar esse criminoso com a homossexualidade", afirmou a deputada.
Myriam, que é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23, que acrescenta a orientação sexual às formas de discriminação puníveis no Estado, deixou a sessão sem ser questionada pelos parlamentares. Em um vídeo que foi postado na internet na última sexta-feira, a deputada afirma que não é preconceituosa, mas argumenta: "Digamos que eu tenha duas meninas em casa e contrate uma babá que mostra que sua orientação sexual é ser lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. Vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas. E eu não vou poder fazer nada", diz no vídeo.
Hoje, sem sessão na Alerj, a deputada diz que tem parentes e amigos homossexuais e que "não deixa de amá-los como seres humanos e filhos de Deus". Myriam afirmou ainda que repudia e condena a violência e agressão que os gays sofrem e concluiu repetindo o que já havia afirmado em nota: "votei contra a PEC 23 por minhas convicções. Não contra este ou aquele seguimento de determinada orientação sexual".
Especial para Terra
 

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