Região do ABCD registra um caso de estupro por dia

Derla Cardoso Agência BOM DIA

Todos os dias uma pessoa é estuprada no ABCD. O índice foi divulgado nesta semana pela Secretaria de Segurança Pública.

Segundo o órgão, 203 casos de estupros foram registrados na região desde o início de 2011. São Bernardo foi o município com maior número de casos. Entre janeiro e maio deste ano foram 63.

Santo André é a segunda com 48 e Mauá a terceira com 40.

A média de 40 casos por mês não é motivo para que a sociedade fique alarmada, segundo as autoridades.

O motivo seria o fato de que desde agosto de 2009 todos os crimes que envolvem violência sexual são considerados estupros.

Antes somente casos em que ocorriam conjunção carnal eram contabilizados como estupro, mas hoje, atentado violento ao pudor, sem conjunção, e abuso de incapaz também são incluídos na definição.
De acordo com o comandante da Polícia Militar do ABCD, Roberval Ferreira França, cerca de 70% dos casos registrados na região se referem à atentados e abusos de menores.

“Houve um crescimento do total nas estatísticas por conta da junção, mas 30% desse total das ocorrências são de mulheres que são surpreendidas por agressores. A sociedade fica alarmada, pois os registros podem dar a impressão de que o número de estupros aumentou muito”, explicou.

Segundo o coronel, a polícia realiza trabalho de prevenção para evitar que mais crimes aconteçam. Uma das ações é a prevenção primária que a corporação faz junto às prefeituras.

Os policias identificam lugares com mato crescido ou pouca iluminação, por exemplo, e enviam um relatório para que as administrações tomem providências. “Nós também mapeamos as áreas de maior incidência e enviamos viaturas para fazer as rondas. Além disso, trabalhamos a questão das investigações para identificar suspeitos.”

Para a delegada da Delegacia  da Mulher de Santo André, Vera Lucia Carvalho de Souza, é possível diminuir os riscos tomando algumas cautelas. “Não sair de madrugada sozinha, evitar lugares escuros e ermos ajudam nesse caso.”

Terapia/Após sofrer um estupro as vítimas precisam mais do que atendimento judicial e hospitalar. De acordo com a médica Maria Auxiliadora Vertamatti, o atendimento psicológico é necessário para que as mulheres retomem a vida social normalmente.

“Elas chegam muito fragilizadas e nós queremos que as pessoas tenham outras perspectivas. É um assunto muito delicado e íntimo e por isso requer acompanhamento. De acordo com o caso é preciso fazer um acompanhamento longo”, disse a profissional que coordena o Pavas (Programa de Atenção à Violência e Abuso Sexual) de São Bernardo.

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