Deu a louca no aeroporto


Magela Lima - Editor-executivo do Núcleo de Cultura e Entretenimento do O POVO
magela@opovo.com.br
 
Segunda-feira última, um homem de 32 anos foi preso no Aeroporto Pinto Martins por agentes da composição da Polícia Rodoviária Estadual, acusado de cometer estupro de vulnerável contra um adolescente de 14 anos, dentro de um dos banheiros do terminal. Na quinta-feira, também no Pinto Martins, um senhor de 66 foi detido em flagrante pelo Batalhão de Policiamento Turístico, após a acusação de que estaria fazendo atos obscenos dentro do elevador.

Em menos de uma semana, nosso único aeroporto, principal porta de acesso dos turistas, foi envolto em dois episódios que, longe de argumentos moralistas ou puritanos, maculam, sim, sua rotina. E a rotina da Cidade também. Há que se destacar o mérito de os agrupamentos policiais que acompanharam os casos terem sido absolutamente ágeis. Os acusados foram detidos em flagrante e tiveram os tratamentos que a lei recomenda.

O curioso, porém, é que não foram dois furtos ou assaltos. Ou ainda dois roubos de carros ou dois extravios de bagagem. Há, infelizmente, alguns níveis de violência que o cotidiano meio que naturalizou. Basta observar os comentários das notícias desses dois fatos recentes na internet. A repercussão revela um índice de indignação muito expressivo para esses casos de apelo sexual. Muita gente que se manifestou, embora não tenha propriamente se espantado, acabou chamando a atenção, pelo menos para mim, de algo muito preocupante.

Fala-se do Aeroporto Pinto Martins como uma Praia de Iracema em seu sentido mais pejorativo. Uma leitora do O POVO, que se apresenta como guia de turismo, denuncia ainda que, às noites, o terminal é tomando por adolescentes, a princípio se oferecendo para carregar as malas dos passageiros até os táxis. Ora, para isso, existem aqueles carrinhos. Para a guia, esses jovens estão, na verdade, se colocando numa mira fácil da prostituição. Pelo sim, pelo não, é bem melhor ver esses casos da última semana numa perspectiva mais ampla que procurar entender suas especificidades. Há que preservar o uso devido do aeroporto, um espaço público, nunca é demais lembrar.

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