A pedofilia ainda é uma ameaça bem activa

O escândalo de pedofilia na Casa Pia foi revelado em Setembro de 2002. Sete anos depois, o caso continua a aguardar o seu desfecho na justiça. Sem sentença, vale apenas os efeitos positivos que a denúncia de uma situação tão escabrosa teve no seio dos portugueses. A sensibilidade para este tipo de crime aumentou, bem como as queixas das vítimas e de testemunhas de abusos sexuais. Muito, no entanto, está ainda por fazer. Até porque, como o DN conta hoje (pág. 7), as instituições que acolhem crianças continuam a ser um alvo preferencial para os predadores sexuais.




Desta vez foi a Colónia Balnear O Século que se viu obrigada a encerrar os seus dormitórios, depois de descobrir que tinha entre a sua equipa de monitores um pedófilo, entretanto já condenado a 18 anos de prisão por ter violado 20 crianças naquela instituição.



Mais um caso trágico que, segundo os especialistas, está infelizmente longe de ser único junto de ateliês de tempos livres, colónias de férias, infantários e escolas.



Dentro de semanas está prometida a leitura da sentença do processo Casa Pia. As primeiras páginas dos jornais e as televisões voltaram, inevitavelmente, a colocar a pedofilia em destaque e, de certo, não faltaram comentários à conclusão do caso dos mais diversos quadrantes da sociedade portuguesa, já que o escândalo não deixou ninguém indiferente. É uma boa altura para todos aqueles que lidam de perto com crianças reverem as políticas de prevenção e adaptá-las às realidades que o presente nos vai apresentando, nomeadamente os miúdos que logo a partir dos 12 e 14 anos abusam dos mais novos.





Tempos pouco propícios para contos de fadas





Os graves problemas financeiros da duquesa de York, afundada em dívidas, estão a causar preocupação à família real britânica por motivos facilmente compreensíveis, dada a quantia envolvida - o equivalente a seis milhões de euros. Embora Sarah Ferguson já não pertença formalmente à família de Isabel II desde que se divorciou do príncipe André, em 1996, qualquer escândalo que protagonize afectará sempre o Palácio de Buckingham e a austera instituição monárquica.



Este tem sido, aliás, um problema transversal a várias casas reais europeias - de Espanha à Noruega, da Suécia ao Mónaco - onde os palácios parecem cada vez mais frequentados por gente pouco digna de neles habitar. As mais recentes gerações de príncipes, com poucas excepções, estão menos preocupadas em honrar os princípios recebidos por legado histórico do que em desfrutar dos privilégios inerentes à sua condição política e social, como ficou patente no caso da herdeira do trono sueco, que aceitou ver financiada a sua recente lua-de-mel por um multimilionário certamente com pouca vocação para a filantropia.



Os tempos actuais não estão propícios a contos de fadas: o esbanjamento de quantias astronómicas num momento em que o Velho Continente atravessa uma das mais séries crises económicas de que há memória funciona como péssimo cartão-de-visita para as monarquias europeias. É, por isso, muito compreensível a preocupação da Rainha britânica perante a ameaça de bancarrota que paira sobre a sua antiga nora: um trono só sobrevive se souber manter-se em sintonia com os anseios do povo que deverá servir.



http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=1641425

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