Especialistas em acompanhamento pós-pedofilia falam sobre o crime

Após o hediondo crime de pedofilia que a Folha publicou ontem envolvendo o ajudante Edson Martins Malaquias, que assediou o sobrinho de apenas 9 anos, especialistas comentam o tema.




Nesses casos onde crianças são vítimas de violência e podem vir a sofrer sérias dificuldades futuras, o trabalho de órgãos como o Conselho Tutelar é fundamental.



A vice-presidente do Conselho Tutelar de Rio Grande da Serra, Keila Costa Diniz, fala sobre como é o trabalho feito pelo conselho nesse segmento.



“Antes de tudo, grande parte do trabalho do conselho em casos de pedofilia é na parte de encaminhamento às investigações. Recebemos denúncias, muitas das vezes anônimas, e passamos para a polícia da cidade, que por sua vez realiza a investigação do caso”.



Quanto ao trabalho do conselho, após comprovado casos de pedofilia, Keila reforça a sua importância.

“Nossa parte nessa função é fazer o acompanhamento psicológico da vítima, assistência social, pois muito dos casos, o agressor é quem sustentava a vítima, e uma série de outros encaminhamentos. No geral, o objetivo é garantir que a vítima passe pela fase da infância e adolescência sem danos maiores e com o mínimo de traumas possíveis”.



A Delegacia de Rio Grande da Serra afirma que no momento não trabalha com nenhum caso de pedofilia.

A psicóloga Ana Keila Miyake, que trabalha na área atendendo os mais diversos casos de distúrbios, apresenta uma visão um pouco mais ampla do problema.



“Geralmente se fala muito da vítima, mas deve se levar em conta também o agressor, que nesse caso também acaba sendo um pouco vítima de sua própria doença. De certa forma, ele também vai precisar de acompanhamento médico”.



A psicóloga fala sobre como é formado o perfil de um pedófilo.



“Na maioria dos casos acontece como nesse caso do Edson. O agressor já havia sido vítima anteriormente de abuso sexual, e isso acaba se refletindo futuramente quando adulto”, diz.



Ao final, a psicóloga conclui dizendo: “é um crime brutal. Tanto para a polícia como para a psicologia, mesmo estando doente, o agressor é tratado como um criminoso brutal”, finaliza.



O caso



Edson Martins Malaquias, de 33 anos, foi preso por pedofilia em Ribeirão Pires após investigação da Policia Civil partindo de uma denuncia anônima. O ponto crucial para todo o desenrolar da trama, começou quando o ajudante após fotografar as cenas de pedofilia, onde Edson praticava sexo oral com o próprio sobrinho, entregou o rolo de filme em uma fotótica no Centro da cidade. Em posse da denúncia, a polícia montou uma campana nos entornos do estabelecimento no sábado, dia em que Edson havia marcado de buscar o material, no entanto Edson não passou para buscar as fotos. Já na segunda-feira, por volta das 13 horas, Edson apareceu e acabou preso.

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