A greve nacional dos professores já foi aderida por 57 das 59 universidades federais e, nesta quarta, completa 70 dias
THAISA PIMPÃO
ANDES-SN
Grevistas em reunião com o governo federal, em Brasília
As modificações na proposta do Governo Federal apresentadas, em reunião, na tarde desta terça-feira (24), em Brasília, não agradaram os professores. Os grevistas alegam que os ajustes se limitaram a tabela de vencimento básico e retribuição por titulação dos docentes.
A reunião entre o Ministério do Planejamento e os professores durou mais de cinco horas e, segundo informações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, iniciou a reunião afirmando que a proposta não apresentava diferenças da anterior, feita no último dia 13.
O governo propôs aumentar os recursos disponíveis, de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões, em três anos e, com isso, promoveu alguns ajustes na tabela, atendendo, principalmente, os docentes com mestrado, que teriam as perdas maiores na proposta anterior.
Por esse motivo, os docentes alegaram que o governo está propondo uma desestruturação, sem relação lógica na evolução entre os níveis e as classes, os regimes de trabalhos e as titulações. Além disso, os grevistas acreditam que a proposta está desconstituindo direitos e que as alterações salariais são apenas nominais, pois não acompanham a inflação.
A última proposta apresentada pelo Governo Federal, no dia 13 deste mês, foi rejeitada por unanimidade pela categoria, que discordou da desestruturação da carreira e entendeu que ela traria perdas salariais quando considerada a inflação entre 2010 e 2015.
Para os docentes, a proposta modificada apresentada nesta terça também não valoriza a titulação, já que a gratificação não seria incorporada ao salário e, portanto, não seria constitutiva de direitos.
Assembleias gerais serão realizadas nas 57 universidades em greve para avaliar esta proposta do governo. Uma nova reunião entre o Comando Nacional de Greve e o Ministério do Planejamento foi agendada para quarta-feira dia 1º de agosto, às 21h.
UFMT
Segundo o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maurélio Menezes, o Comando Local de Greve deve se reunir hoje (25) para analisar a proposta do governo. Outra ação dos grevistas mato-grossenses será discutir a proposta, em reunião ampliada, com economistas e advogados para esmiuçarem seu conteúdo e, então, tomar um posicionamento.
A greve nacional dos professores já foi aderida por 57, das 59 universidades federais e, nesta quarta, completa 70 dias sem perspectiva de terminar.
(Com informações da ANDES-SN)
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