"O Galindo age como se Copa não fosse em Cuiabá", diz Mendes

Galindo diz que é “super-parceiro” do Governo e que candidato "está por fora"

Thiago Bergamasco/MidiaNews

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Mauro Mendes afirma que prefeitura tem que fazer mais pela Copa

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO

O candidato a prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) disse que a Prefeitura Municipal tem sido omissa em relação aos preparativos para Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o socialista, o Governo do Estado está fazendo sua parte, conduzindo as grandes intervenções, enquanto a administração municipal permanece fora do processo.

“Cuiabá está muito à margem do que se espera de uma cidade que pretende receber milhares e milhares de turistas em 2014. O que nós vemos é um estádio e uma [avenida] Miguel Sutil em obras. E são obras executadas pelo Governo do Estado, que faz a sua parte. Mas a Prefeitura está muito ausente desse processo, agindo como se a Copa não fosse em Cuiabá. Isso é lamentável”, criticou o candidato, em entrevista ao MidiaNews.

Na avaliação de Mendes, esse momento pré-Copa é o ideal para emplacar projetos “de uma maneira mais eficiente e agressiva”, captando recursos públicos e investimentos privados para melhorar outros aspectos do município e promover uma verdadeira transformação na Capital de Mato Grosso.

“Cuiabá tem muitos exemplos de recursos que não foram captados, ou que foram devolvidos, por falta de aplicação de acordo com o convênio. O grande desafio é, até 2014, assegurar o máximo possível de janelas de oportunidade, em função de Cuiabá ser sede da Copa”, afirmou.

Mendes disse que precisa haver mudança na condução do processo, com mais pro-atividade por parte do município. Ele ressaltou que isso precisa ser feito rapidamente, sob o risco de Cuiabá perder grandes oportunidades de investimentos.

“É um espaço curto de tempo, mas acredito que é possível. Porque no Brasil as coisas acontecem de última hora. Então, se o próximo prefeito tiver capacidade e agilidade de rapidamente articular tudo isso, talvez nós ainda possamos fazer dessa Copa aquilo que sempre sonhamos e esperamos que ela representasse: uma oportunidade de transformar a nossa cidade”, disse.

“Senão podemos correr o risco de fazer uma Copa, ter um belo estádio, uma avenida com algumas obras bacanas, mas isso ser muito pouco para aquilo que nós queremos e poderíamos ter tirado da oportunidade de sediar uma Copa”, completou.

“Sou super-parceiro”

O prefeito Chico Galindo (PTB), por sua vez, rebateu as declarações do candidato do PSB e afirmou que a Prefeitura está captando investimentos federais para o Município, além de ser parceira do Estado nas obras da Copa.

“Quem diz que Prefeitura não está fazendo nada na Copa mostra desconhecimento da situação. Estou disposto a discutir com ele (Mendes) ou com quem for, e mostrar qual a participação da Prefeitura na Copa, e as ações que estamos fazendo em todas as pastas. Pode perguntar ao governador, que ele vai dizer como estamos numa grande parceria”, declarou.

Galindo afirmou que está trabalhando pela Copa dentro das possibilidades do município. “Eu vou fazer um viaduto? Não tenho dinheiro para isso. Vou fazer o VLT? Também não tenho. Mas, estou pavimentando a cidade com recursos próprios e apresentado projetos para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, disse.

O prefeito informou que já apresentou projetos para captar recursos do PAC, no valor de R$ 130 milhões, para pavimentar “sete bairros gigantes”, incluindo drenagem e galerias de águas pluviais.

Ele mencionou também a proposta de BRT no PAC Mobilidade Urbana (Leia mais AQUI), ao custo de R$ 120 milhões, e a pavimentação de 38 bairros no programa Poeira Zero, feita com recursos próprios.

Galindo afirmou, também, que colaborou com as obras tocadas pela Secopa. “Pergunta para o governador se sou parceiro ou não. Sou super-parceiro. Ajudei a viabilizar o VLT, tirando o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) e doando uma área de quase 30 mil m² para o Estado”, disse.

“Além disso, nós agilizamos todos os projetos e fomos até criticados pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Mas eu não posso perder investimentos para Cuiabá. Então, eu ajudo a agilizar o processo”, concluiu.