Aliado de Carlos Bezerra não tem moral para classificar adversários como "farinha do mesmo saco",diz diretor do portal todos contra a pedofilia MT

Candidato se classifica como o "novo" para Cuiabá e diz que outros são variações de um mesmo produto

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Lúdio Cabral diz que todos os outros candidatos são continuidade do governo GalindoLúdio Cabral diz que todos os outros candidatos são continuidade do governo Galindo
ANA ADÉLIA JÁCOMO

O candidato à Prefeitura de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) afirmou nesta terça-feira (31) em visita ao RepórterMTque não está preocupado com a avaliação de vitória em primeiro turno do adversário político Mauro Mendes (PSB). Segundo o Instituto Vox Populi, o petista ficou em terceiro lugar na disputa pelo Palácio Alencastro, atrás do tucano Guilherme Maluf. Lúdio, com 9%, superou somente Carlos Brito (PSD), Adolfo Grassi (PPL) e Procurador Mauro (PSOL) nas intenções de voto.
 
Ele criticou duramente seus rivais políticos e afirmou que os proponentes sugerem dar continuidade à gestão do prefeito Chico Galindo (PTB). Revelou uma conversa que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silval e admitiu que saiu fortalecido do encontro que teve em São Paulo nesta segunda-feira (30) com o cacique do PT.

Confira os principais trechos da entrevista exclusiva de Lúdio Cabral:


RepórterMT: Como foi o encontro com Lula em São Paulo e quais resultados positivos obteve dessa viagem?

Lúdio Cabral: Foi ótimo. Fisicamente ele está recuperado, mas ainda tem um caminho a percorrer na recuperação da voz. Ainda fala com dificuldade, mas o estado de saúde é bom. Na minha opinião, é a única dificuldade na participação da campanha pelo país. Levei o abraço da população de Cuiabá e conversei com vários prefeitos do PT espalhados pelo país. A agenda do Lula ainda depende dos médicos. A Dilma só vai definir sua participação na campanha em setembro. No encontro não gravamos nada para o Horário Eleitoral Gratuito, apenas tiramos fotografias.

RepórterMT: O Lula disse algo específico para você?

Lúdio Cabral: Sim, na oportunidade que tive fiz uma reivindicação pelos servidores públicos federais, que hoje estão em greve. Pedi que ele ajudasse no processo de sensibilização do Governo. O Lula me disse: Lúdio, corre. Vai pedir voto meu filho!

RepórterMT: Falando em pedir votos, ontem saiu uma pesquisa do Instituto Vox Populi e o senhor ficou em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto. Como avalia esse resultado?

Lúdio Cabral: Avalio que subi de 5% para 9%, quase dobrei.

RepórterMT: Mas o Mauro Mendes teve uma classificação muito alta nessas pesquisas. Segundo o Instituto, ele ficou com 51% das intenções de voto e venceria as eleições no primeiro turno.
 
Lúdio Cabral: Vou analisar os dados cientificamente e traçar um plano para minha campanha. Mas sinceramente, não estou preocupado com os números dos outros candidatos. Quero apresentar minhas propostas e sei que fazendo isso vou alcançar a vitória. A preocupação é conquistar o voto dos eleitores e vou conseguir apresentando as propostas e, por isso, quero estar o mais próximo possível do eleitor.
 
RepórterMT: Para alguns as alianças do Mauro foram incoerentes, já que uniu no mesmo palanque os senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Pretende explorar isso na sua campanha?

Lúdio Cabral: Esse juízo é a população quem tem que fazer. Aprendi isso com o Lula. Em campanha devemos ocupar nosso tempo falando da gente e não descontruindo os outros. As contradições serão analisadas pela população. Quero recolocar o PT no protagonismo eleitoral, ter o apoio do governador do Estado (Silval Barbosa – PMDB), do Lula e da presidente Dilma Rousseff. Se for atacado, vou analisar o conteúdo dos ataques. Espero ser confrontado nas propostas, porque há contradições entre as propostas dos candidatos.

RepórterMT: Quais são as contradições que existem?

Lúdio Cabral: Nos planos de governo. Cuiabá tem problemas crônicos complexos e estruturais. O programa de governo tem que prever continuidade das ações e o mandato do próximo prefeito não pode ser contaminado pela disputa eleitoral de 2014. Essa preocupação é explícita, porque esses problemas exigem dedicação integral nos próximos quatro anos. Eu serei prefeito quatro anos. Outra questão é: não se governa uma cidade sozinho. Para superar os problemas precisamos de um esforço coletivo. Não é tarefa de uma pessoa resolver os problemas de Cuiabá e a sintonia entre o governo municipal, estadual e federal é um diferencial positivo.

RepórterMT: Foi essa visão que faltou ao prefeito Chico Galindo (PDT)?

Lúdio Cabral: Sim. Faltou buscar essa sintonia. Tem vários programas que Cuiabá não tem, porque o governante teve uma preocupação eleitoral. Por exemplo: Farmácia Popular do Brasil, Brasil Sorridente, Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, Programa de Expansão da Saúde da Família, SOS Emergência, entre outros. Aqui temos apenas uma Farmácia Popular e poderíamos ter cinco.

RepórterMT: O senhor foi vereador por dois mandatos. Passou pela administração do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e do Galindo. Qual foi o momento mais complicado que vivenciou sendo um político de esquerda que nunca apoiou o Executivo?

Lúdio Cabral: O momento mais difícil foi durante a votação da concessão da Sanecap. O que eu espero da Câmara é que na próxima legislatura, se eu for eleito, haja 26 fiscais do prefeito.

RepórterMT: O candidato Carlos Brito esteve aqui na sede do site e afirmou que não houve qualquer tipo de acordo entre os vereadores e o prefeito para que esse projeto fosse aprovado. O senhor sempre foi um defensor da permanência da Sanecap. Por ser vereador e ter acompanhado o projeto, como avalia a afirmação de Brito?

Lúdio Cabral: A Sanecap é o exemplo mais gritante da relação que o atual governo estabeleceu com a Câmara.  O Brito precisa se informar melhor, ler todas as notícias que foram vinculadas sobre o tema, ler a minha primeira ação judicial, onde consegui anular a votação que aprovou a privatização. Buscando isso ele vai perceber que não foi um processo simples. Desrespeitaram a lei orgânica do município e as regras regimentais. Foram vários dispositivos desrespeitados para que o projeto fosse aprovado a “toque de caixa”, como foi. Desobedeceram ao regime de urgência especial e houve absoluta ausência do debate com a população. O próprio requerimento de urgência especial não foi assinado e eu consegui provar isso. O projeto foi aprovado em regime de urgência, tinha que ter a assinatura de 13 vereadores e não tinha uma assinatura porque foi feito às pressas.

RepórterMT: Efetivamente, como o senhor pretende anular esse contrato com a CAB Ambiental. Sabemos que a empresa pagou R$ 35 milhões pela outorga. A prefeitura teria que devolver esse dinheiro?

Lúdio Cabral: Eu fiz um requerimento formal ao prefeito e à CAB sobre todos os recursos pagos e faturamento. A informação que eu tenho é que houve apenas o pagamento da outorga e isso é uma espécie de aluguel, então não tem que ser devolvida. Há uma previsão de outorga mensal e esses dados eu requeri, mas ainda estou aguardando a resposta. Se eu assumir como prefeito em janeiro, terei que verificar quanto à empresa pagou, além desses R$ 35 milhões. Somente a resposta do requerimento é que vai me dar o suporte para saber se anularemos ou não a concessão com a CAB. Mas foi feito um “auê” na entrega do cheque, teriam feito outra festa se tivesse existido mais repasses.

RepórterMT: O candidato a vice-prefeito, na chapa encabeça por Guilherme Maluf (PSD), João Celestino (DEM), chamou o senhor de Mãe Dináh por ter afirmado ao site que a tarifa do VLT será menor que a praticada nos ônibus coletivos, hoje fixada em R$ 2,70. A impressão é que essas informações sobre o novo modal causou uma “ciumeira” nos outros candidatos. Como o senhor chegou a esse dado?

Lúdio Cabral: Eu fiz um requerimento de uma agenda na Secopa como candidato a prefeito. Tirei todas as dúvidas sobre obras da Copa e VLT. Todos os candidatos podem fazer o mesmo caminho que eu fiz e tenho certeza que serão bem recebidos. Sai satisfeito com as respostas que recebi. O fato é que a obra do VLT é custeada pelo Governo do Estado, que é a etapa mais cara do projeto. Quando ela estiver pronta não terá custo nenhum além da manutenção e a empresa não terá que reverter os gastos da construção na tarifa. A parte mais cara é a obra. Na minha opinião, os três candidatos da situação: Mauro Mendes, Guilherme Maluf e Carlos Brito estão “batendo cabeça”. Precisam conhecer melhor a administração que eles defendem. Os três defendem a continuidade da gestão Galindo e precisam se sintonizar com a realidade para poder dar uma contribuição nessa campanha. Precisam qualificar as informações que estão trabalhando. Quando defendem a continuidade da CAB, estão dizendo que apoiam os aumentos das taxas e a lentidão nas obras para coleta de esgoto. Quando questionam o VLT, as obras e o governo federal demonstram preocupação eleitoral e sinalizam para o mesmo risco que houve na administração do Wilson, que foi essa falta de sintonia com as políticas nacionais e estaduais. Por isso, que meu propósito é de mudança. As outras candidaturas parecem contraditórias, e isso demarca o campo onde elas estão, que é a continuidade do governo Galindo.

RepórterMT: O senhor avalia que o julgamento do Mensalão pode respingar na sua candidatura?

Lúdio Cabral: Felizmente esse tema está no Supremo, e o resultado do julgamento expressará o desejo popular. Quem tiver culpa será punido. Não vai respingar em Cuiabá, a politização eleitoral desse tema não contribui em nada e a minha posição é: Cabe somente a Supremo Tribunal Federal a decisão, que na minha opinião, é uma instância não contaminada pela política.

RepórterMT: A ex-senadora Serys Slhessarenko afirmou que foi vetada da sua campanha pelo ex-deputado federal Carlos Abicalil e declarou que ficou muito magoada por não ter sido convidada pelo senhor para compor o projeto de eleição. Existe algum veto a ela?

Lúdio Cabral: Dialoguei com todos os coletivos internos do PT, recebi apoio de 99,9% do partido e já fiz o convite a Serys várias vezes. Agora, é uma decisão dela, mas que a campanha está de “braços abertos”, essa informação de veto a ela não é verdadeira. Eu sou o candidato e busquei ampliar a minha base de sustentação e construímos a aliança que fizemos. Quero compartilhar essa felicidade com a Serys. Essa informação pode ser veneno plantado por adversários políticos. Ela deu uma entrevista afirmando que foi vetada numa reunião e isso é mentira. Não houve essa reunião e ela pode estar sendo envenenada por alguém que é contra a minha candidatura.

RepórterMT: Como está a relação com o Abicalil?

Lúdio Cabral: Muito positiva. O Abicalil teve um papel muito importante na consolidação da minha candidatura no plano federal. Ele já esta participando da minha campanha. Agora ele tem as questões dele em Brasília que precisam ser resolvidas.
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