Aproximadamente 300 pessoas participaram da Marcha das Vadias, realizada ontem, em Rio Preto. A caminhada, que teve como objetivo chamar atenção sobre a violência cometida contra as mulheres, começou por volta das 12 horas na praça Dom José Marcondes. Os manifestantes seguiram em caminhada até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na rua Raul Silva, no bairro Redentora. Reportagem de Simone Machado /Fotos Guilherme Baffi
Com cartazes e parte do corpo pintado, ao menos dez mulheres optaram por retirar as camisetas e seguir a caminhada com os seios à mostra. Outras, mais contidas, optaram por ficar de sutiã ou top. Além das mulheres, muitos homens aderiram ao ato. “Sofremos muito preconceito. Os homens podem fazer o que quiserem, já se uma mulher faz, é desmoralizada”, diz a estudante Marília Botelho, uma das organizadoras da marcha.
Um dos manifestantes carregou um cartaz com críticas ao presidente da Câmara, Oscarzinho Pimentel (PSL). O vereador é investigado pela polícia sob acusação de exploração sexual de uma menor. Ao passar pelo Calçadão, a manifestação atraiu os olhares de pedestres e também daqueles que estavam no interior das lojas. E dividiu opiniões. Apesar de concordar com o protesto, o montador Edmilson Faustino, 30 anos, achou o topless apelativo.
“Não tenho nada contra a manifestação. Elas (as mulheres) também têm direitos e devem ser respeitadas, mas é muita apelação”, diz. Já a vendedora Larissa de Carvalho Silva, 24 anos, aprovou a coragem das manifestantes. “Todas pensam em ter mais liberdade, mas poucas buscam isso”.
A polícia acompanhou a marcha e orientou as manifestantes a se cobrir. Elas se recusaram, mas não houve repressão e nenhum outro incidente. Além de Rio Preto, outras 20 cidades realizaram a marcha.
Movimento foi criado no Canadá
A Marcha das Vadias foi criada no ano passado em Toronto, no Canadá, por estudantes de uma universidade local revoltados com a declaração de um policial, que afirmou em uma palestra que o fato de as mulheres se vestirem como “vadias” poderia estimular o estupro e violência sexual.Para protestar, os estudantes foram às ruas com o lema de que a culpa da violência e do abuso sexual não é da vítima, mas sim do violentador ou estuprador.
No Brasil, a Marcha ganhou força neste ano, com a realização de caminhadas em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Vitória e São Paulo, que abordaram também outros temas, como o combate a diversidade sexual e a descriminalização do aborto. (Diarioweb)
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