Armados em plenário, vereadores intimidam colegas e geram polêmica


Victor Cabral

Foto: Victor Cabral
Foto: Victor Cabral -- Pery Taborelli (PMDB) não esconde a arma de fogo
Pery Taborelli (PMDB) não esconde a arma de fogo
   Os 16 vereadores por Várzea Grande que não são policiais estão se sentindo intimidados pelos colegas que costumam comparecer no plenário portando armas de fogo. Segundo fontes ligadas à Câmara Municipal, o coronel Pery Taborelli (PV) é o mais audacioso, já que não faz questão de esconder a arma. Além de Taborelli, os vereadores João Madureira (DEM), Hilton Gusmão (PV), Leonardo Mayer (DEM) também têm o mesmo costume. A reportagem foi destaque do RDTV, a tv web do portalRDNews, desta segunda (1).
  Apesar da legislação não proibir os policiais, mesmo reformados, de portar arma de fogo fora do horário de expediente, a atitude dos vereadores que levam revólver ou pistola para as sessões têm sido alvo de questionamentos. Isso porque a Lei 10.826/2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, determina que o titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas em virtude de eventos de qualquer natureza.
  Em sua própria defesa, Taborelli alega fazer uso da arma de fogo 24 horas por dia porque, com as denuncias realizadas nas sessões da Câmara, está se sentindo perseguido e ameaçado. “Com as denúncias que estou fazendo, tenho sentido movimentações de pessoas que já atentaram contra minha vida”, justifica.
  Madureira, Mayer e Calistro utilizam os mesmos argumentos de Taborelli para comparecer às sessões armados: garantir a própria segurança já que a Câmara não proporciona garantia da integridade física aos vereadores e ao público que freqüenta o local. “Qualquer um que quiser fazer mal aqui dentro [da Câmara de Várzea Grande] vem e faz”, afirma Taborelli. O discurso “ensaiado” ataca diretamente a administração de Walace Guimarães (PMDB), pois ele questiona o fato da Guarda Municipal não realizar rondas na sede do Legislativo.
  Mesmo sendo policial, Gusmão preferiu adotar outra postura a pedido dos colegas que pediram para os vereadores não comparecerem às sessões armados. Contudo, o pedido não foi atendido pela maioria.
  Gusmão ainda garante que guarda sua arma em local seguro antes de iniciar os trabalhos na sessão. “Em respeito aos colegas não ando com minha arma no plenário”, relata. Contrariando Taborelli e dos outros três vereadores, também defende que dentro da Câmara não há necessidade de estar armado. “Alguns vereadores reclamaram e pediram para que os cinco policiais entrassem no Plenário desarmados, mas alguns não aceitaram”, concluiu.
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