Galindo atribuiu a culpa dos problemas com os convênios federais ao “sistema”, que segundo o ex-prefeito, está defasado. “Você acha que eu não lutei para reconquistar isso dai? O sistema está equivocado e arcaico.
RENAN MARCEL
O ex-prefeito Chico Galindo (PTB) criticou a postura do atual chefe do Executivo municipal, Mauro Mendes (PSB), de expor os problemas históricos da Prefeitura de Cuiabá, que, por conta da proximidade temporal, caem sobre a administração do petebista para a maioria da população. Para Galindo, Mendes precisa “esquecer o passado”.
Em sua defesa o ex-prefeito argumenta que também recebeu mais de um bilhão de dívidas de outras gestões e questiona: “O que a população ganha com isso? São coisas que não somam. Isso é vender dificuldade e não há necessidade disso”.
Sobre os problemas financeiros da Prefeitura divulgados por Mauro, o petebista lembra que a dívida existe desde a década de 1970 e alega ter diminuído o valor. “Se fosse uma coisa que o Galindo deixou, tudo bem, mas a dívida é desde 1973. Eu diminuí o valor. E ele tem que diminuir, trabalhar nesse sentido”, disse.
Galindo atribuiu a culpa dos problemas com os convênios federais ao “sistema”, que segundo o ex-prefeito, está defasado. “Você acha que eu não lutei para reconquistar isso dai? O sistema está equivocado e arcaico. Precisa corrigir o sistema. Por exemplo, o PAC, desde 2007, só foi realizado 30%. Não é só Cuiabá, o sistema está errado e ele deve ser corrigido”, argumenta. Segundo o ex-prefeito, a morosidade e os erros do sistema de convênios entre a Federação, estados e municípios, fazem o gestor parecer irresponsável.
Apesar das críticas e justificativas, o ex-prefeito ressaltou que os vereadores do PTB na Capital estão apoiando a gestão de Mauro Mendes e devem ajuda-lo a fazer uma boa administração. Galindo afirmou que torce para ele ser “o melhor prefeito de Cuiabá”.
Sobre os primeiros meses da administração do socialista, o ex-prefeito reconheceu que Mendes precisa de mais tempo para conhecer a máquina pública. “Temos que dar tempo. Quatro meses é pouco para um gestor conhecer a máquina”, afirmou.