Edilson Almeida e Valdemir Roberto | Redação 24 Horas News
Blairo Maggi é passado, ou melhor, aliado. “Rombos” agora é na conta de Silval Barbosa, governador do Estado. Cabe a ele dar as devidas explicações para a questão envolvendo os desvios nas cartas de crédito, no esquema da “conta única” e também, principalmente, no superfaturamento e desvio de dinheiro do programa MT 100% Equipado. Pelo menos é assim que o senador Pedro Taques (PDT), um dos principais aliados da candidatura do empresário Mauro Mendes, do PSB, agora se posiciona para garantir que não está sendo incoerente ao desfilar no mesmo palanque com integrantes maior do Partido da República.
Desde a aliança PSB-PDT-PR, firmada aos 44 minutos do segundo tempo para o prazo final de convenções partidárias que socialistas, trabalhistas e republicanos estão debruçados em estudos para encontrar uma justificativa política razoável que seja para a união eleitoral entre eles. Até aqui, não foram convincentes. O máximo que chegaram foi “uma questão maior nos une”, qual seja o interesse sobrepujante nos problemas envolvendo a capital do Estado – que vive há alguns anos em completo abandono.
Em 2010, quando Mauro Mendes foi candidato a governador do Estado, com o apoio do PDT, o desvio de dinheiro na aquisição de máquinas e equipamentos para os municípios pontuou os debates. Pedro Taques, na época, cunhou a frase “MT 100% Equipado e 20% roubado”. O próprio Mendes “embarcou” no discurso contra o ex-aliado Maggi, dizendo que “Governo bom é governo que faz e não deixa roubar”. Pois bem, agora a conversa é outra.
“Incoerente é roubar. Silval tem que se explicar” - disse o senador, nesta segunda-feira, 9, durante programa de entrevista na Rádio Mix.
Indo um pouco mais longe nas explicações – sem muitas explicações – Taques recorreu a um sofisma muito diversificado. Disse que ele e nem o PDT estão sendo incoerentes. Afinal, o candidato é Mauro Mendes e que tanto Maggi como o PR estão apoiando o socialista. Ou seja, Maggi não é candidato a nada e que os dois senadores são apenas apoiadores. E para encerrar o assunto “incoerência”, “rombos”, “desvios” e outros, garante: ele está trabalhando para construir um PDT diferente – o que não quer dizer muita coisa.
Na semana passada, o deputado federal Valtenir Pereira, presidente do Diretório Estadual do PSB, também discorreu sobre o assunto – que promete ser uma das vedetes eleitorais. Em entrevista a Rádio CBN, disse que não acreditava que a aliança entre o senador Pedro Taques e o senador Blairo Maggi, “denunciante” e “denunciado” de ontem e aliados de hoje, poderia atrapalhar o desempenho do candidato a prefeito do seu partido. Polido, disse que quem teria que explicar a aliança entre Taques que acusou o governo Maggi de corrupção na campanha passada não será Mauro Mendes; seria o próprio senador Taques, do PDT. Ainda não conseguiu.
Assunto menos incômodo, Pedro Taques garante que seu projeto político de 2014 não tem qualquer relação com 2012. Segundo ele, a eleição governamental “é outra história”. Jura de pés juntos que não tem qualquer acordo com os republicanos de receber apoio eleitoral para ser candidato a governador. Porém, se mostrou mais à vontade depois que Mauro Mendes também jurou que não disputará a eleição governamental – entrave nos debates da aliança.
Nos padrões políticos, Pedro Taques garante, na convicção e com dialética de orador, que Mauro não é candidato em 2014 – tentando acabar com o fim do discurso do “trampolim” político, transformando o ponto quase que numa “amarra” política: “A sociedade cuiabana acredita no Mauro. Ele já disse que não e nenhum super homem para ser candidato de novo em 2014. Acredito na palavra de Mauro”.
Por outro lado, o senador não fugiu a regra das chicanes políticas e garantiu que também não existe compromisso de Mendes em apoiá-lo em 2014. “Não teve conversa sobre isso” – disse, embora sem explicar as causas dos desentendimentos entre os dois que por pouco não rompeu a aliança iniciada em 2010. Nas discussões sobre a formação de aliança, sobraram acusações de “facada nas costas” de ambos os lados. Aliás, sem perceber a “escorregada”, Pedro Taques foi além: disse que seu único foco agora é a eleição de 2012. Nada mais.
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