Dívida do município aumenta R$ 130 milhões em um ano

Domingos Sávio, Lúdio Cabral e Toninho de Souza criticaram a prefeitura pelo aumento do endividamento durante debate sobre LDO

ALLINE MARQUES

Mayke Toscano/Hipernoticias

Domingos Sávio aproveitou debate sobre LDO para falar sobre endividamento do município

Os vereadores da oposição Domingos Sávio (PMDB) e Lúdio Cabral, candidato a prefeito de Cuiabá pelo PT, questionaram o aumento da dívida do município em 2011 e ainda a inércia do legislativo na função de fiscalizador da prefeitura.  O debate ocorreu durante a sessão desta quinta-feira na Câmara de Cuiabá quando os parlamentares votaram a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) em segunda.

De acordo com Domingos Sávio, a dívida cresceu R$ 133 milhões e chegou ao total de R$ 590 milhões, o que compromete 40% do orçamento. Ele reclamou também da margem de 20% que é dada a prefeitura para o remanejamento do orçamento sem autorização da Câmara Municipal, deixando os vereadores de mãos amarradas, tendo o controle apenas de parte das ações da administração municipal.

“Gostaria de saber para onde foi esse dinheiro, porque não foi para a saúde, educação e asfalto”, questionou o parlamentar peemedebista.

Para Toninho de Souza, ao permitir o remanejamento de 20% no orçamento a Câmara Municipal está dando uma carta em branco para a prefeitura e nunca se fará respeitar com este tipo de atitude. “Esta Casa só será respeitada quando deixar de entregar uma carta em branco para a prefeitura”.

Domingos Sávio ressaltou ainda que o legislativo cuiabano está perdendo sua função. Já Lúdio Cabral, que é candidato a prefeito, lembrou ainda que é preciso estar atento ao endividamento, pois a prefeitura poderá deixar um “presente de grego” para o próximo gestor, comprometendo todos os quatro anos de uma administração.

Outro ponto debatido por Sávio e Lúdio é a ausência de ganhos para os servidores na Lei de Diretrizes Orçamentária que dará o direcionamento do orçamento do próximo ano. O peemedebista explicou que não está previsto os reajustes e nem mesmo a recomposição salarial dos funcionários públicos.

Para Domingos Sávio, a LDO não traz mudanças significativas o que é preocupante para a população.