“Vergonha política: suplente acusado de agredir vereador pode ser empossado, mas medida cautelar tenta impedir posse”

 

Denúncia: suplente acusado de agressão deve tomar posse na próxima sessão da Câmara de Nova Brasilândia após Eutímio Francisco de Campos ceder mandato


É vergonhoso. O parlamento de Nova Brasilândia está prestes a protagonizar um dos episódios mais lamentáveis de sua história recente. O suplente de vereador Marcos Barroso (PSB), acusado de agredir covardemente o vereador mais jovem da cidade, João Vitor Anjos (União Brasil), deve tomar posse na próxima sessão da Câmara, após o titular Eutímio Francisco de Campos ceder seu mandato dentro de um acordo político de rodízio.

Se nada for feito, o acusado, em vez de responder apenas pelos seus atos na esfera judicial e política, será premiado com um mandato temporário de 60 dias — que pode se estender até quatro meses. O que deveria ser motivo de repúdio ameaça se transformar em um “prêmio”, fruto de um arranjo político que afronta a ética e a moralidade.

A denúncia de agressão

O caso que pesa contra Barroso ocorreu na noite de 19 de maio, em uma lanchonete da cidade. O vereador João Vitor Anjos relatou ter sido agredido publicamente pelo suplente durante uma reunião em que estavam presentes outros parlamentares.

Segundo João Vitor, a discussão começou por conta de uma fala sua feita na tribuna da Câmara Municipal. Durante o bate-boca, Marcos Barroso teria desferido um tapa em seu rosto, atingindo a região próxima aos olhos e entortando seus óculos. O vereador registrou boletim de ocorrência e anunciou que vai acionar o suplente judicialmente.

“Acabo de ser agredido pelo Marcos Barroso, o suplente de vereador do PSB, me deu um tapa na cara e avançou para cima de mim lá no Barbosinha, onde estava junto dos demais vereadores. Ele entortou meu óculos, me agrediu. Nunca vi tamanha falta de respeito, ainda mais com um vereador. Fui agredido por uma fala na tribuna, fiz meu papel e fui agredido no meio da rua. Ele vai responder pelo que fez”, declarou o parlamentar.

Medida cautelar


Para impedir que seu agressor assuma a cadeira no legislativo, o vereador João Vitor entrou com uma medida cautelar na Justiça pedindo o afastamento imediato de Marcos Barroso. A iniciativa busca barrar a posse do suplente até que a investigação sobre o caso de agressão seja concluída.

O pedido reforça a gravidade da situação e escancara o absurdo: enquanto a vítima recorre ao Judiciário para garantir respeito e segurança, a Câmara se prepara para empossar o acusado de violência política.

A conivência do parlamento

Mesmo diante de uma denúncia formal, de um inquérito em andamento e de uma medida cautelar na Justiça, a Câmara de Nova Brasilândia insiste em levar adiante a posse do suplente. E, vergonhosamente, coube a Eutímio Francisco de Campos a decisão de abrir espaço para que o acusado de agressão política ocupe a cadeira.

Ao ceder seu mandato dentro de um rodízio político, Eutímio não apenas lavou as mãos, mas se tornou cúmplice de um episódio que envergonha os cidadãos de Nova Brasilândia e envia uma mensagem perigosa: a de que a violência pode ser acobertada e até recompensada com poder político.

Até onde vai a tolerância?

Onde fica a moralidade? Onde fica a ética? Como pode um parlamento que deveria defender a dignidade e o respeito legitimar a posse de alguém investigado por agressão dentro da própria Casa de Leis?

A possível entrada do suplente acusado de violência política não apenas mancha a imagem da Câmara, mas também aprofunda o descrédito da população em relação às instituições. Para muitos, o episódio é uma afronta direta à democracia e ao mandato parlamentar.

O silêncio é cúmplice

Esse caso precisa de resposta imediata. Do contrário, o silêncio e a conivência transformarão o legislativo municipal em palco de impunidade e desmoralização.

A sociedade de Nova Brasilândia não pode se calar. O povo merece representantes íntegros — não um parlamento que fecha os olhos para agressões e abre as portas para quem deveria, no mínimo, estar afastado da vida pública até que a Justiça se pronuncie.

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