Justiça manda internar alunas que espancaram a colega na escola

 

Reprodução

Por: Yuri Ramires | Gazeta Digital

A 1ª Vara de Alto Araguaia determinou a internação de 3 das 4 adolescentes envolvidas no episódio de espancamento de uma colega de 12 anos, dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (415 km ao sul de Cuiabá). Elas formaram um grupo inspirado em facção criminosa e agrediram ao menos 5 colegas, no estilo “salve”. Um vídeo que circula nas redes sociais chocou a população.

De acordo com as informações, a decisão é desta quarta-feira (6). Agora, as menores vão cumprir medida socioeducativa em Cuiabá. Foi explicado ainda que, apesar de 4 menores estarem envolvidas diretamente na agressão, uma delas, de 11 anos, tem impedimento legal para a aplicação da medida, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A investigação da Polícia Civil já foi concluída. O caso foi registrado na segunda-feira (4), em uma área da escola. As diligências começaram assim que as autoridades receberam aos vídeos. Ao todo, 10 pessoas foram ouvidas, entre elas, a vítima, as agressoras, pais e responsáveis e a direção da escola.

Com base nas provas colhidas, a autoridade policial concluiu o procedimento e o encaminhou ao Ministério Público, sugerindo a internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração de organização criminosa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

 

Grupo inspirado em facção

Conforme o Gazeta Digital divulgou, ao menos 20 estudantes foram identificados como membros de um grupo criado inspirado nas facções criminosas e que estava atuando dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney.

O fato foi descoberto após uma aluna de 12 anos ser brutalmente agredida por 4 estudantes. O episódio, que tem características de um “salve” – castigo aplicado pela fação, foi registrado em vídeo e espalhado online. O espancamento teria acontecido após a menina descumprir uma das regras do grupo.

Delegado da cidade, Marcos Paulo Batista de Oliveira, contou que assim que recebeu o vídeo convocou as alunas identificadas. Elas foram ouvidas e relataram a existência do grupo. “Talvez, inspirados por essa ‘bandidolatria’, resolveram ali entre eles criar um grupo, definindo regras, líder, disciplina, copiando mais ou menos o que ocorre dentro das facções criminosas”, disse.

Oliveira destacou que a menina foi agredida de forma covarde. “A vítima teria descumprido uma das regras criadas pelo grupo, uma delas, por exemplo, é que durante a agressão não pode chorar, se chorar, a agressão é ainda maior”.

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com