Crianças são acolhidas na Casa Lar para ficarem longe dos agressores
Tijucas - A cada quinze dias pelo menos uma criança sofreu abuso sexual na cidade de Tijucas, em 2011, e foi atendida pela assistência social do município. O dado foi divulgado pelo CRAS (Centro de Referência Especializado em Assistências Social), que responde pelo acolhimento e tratamento psicológico das vítimas encaminhadas pelo Conselho Tutelar, Polícia Civil e Justiça. Os casos de pedofilia têm provocado revolta na comunidade e a expectativa é de que a situação contribua com o aumento no número de denúncias e prisões de criminosos.
Pelo menos 25 crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual foram atendidas e abrigadas pelo município no ano passado. Em janeiro desse ano a estatística se repetiu: dois novos casos em trinta dias. Nas últimas duas semanas, uma criança de quatro anos denunciou um vizinho que tentou tirar fotos de suas partes íntimas e uma adolescente de 14 anos confessou que era obrigada a se prostituir desde os 11 anos pela própria mãe. Antônio Viera dos Santos, de 53 anos, flagrado no carro, prestes a manter relações com a menina, foi preso e encaminhado ao presídio regional. Mesmo destino teve Vicente Elizeu Pereira, também de 53 anos, denunciado pela criança de quatro anos.
Segundo a responsável pelo CRAS, Claudia Beatriz Venâncio, parte dos casos tem ligação com a desestruturação das famílias. A situação da menina obrigada a se prostituir já era de conhecimento das autoridades. A adolescente já havia sido abrigada na Casa Lar e sua guarda foi entregue a uma tia. Apesar disso, ela acabou voltando a morar com a mãe, que também vendia drogas para sobreviver. Foi direto para as ruas, obrigada a se prostituir. “Nós temos atuado em campanhas de conscientização ao longo do ano e contamos com a ajuda da sociedade para que esses crimes não fiquem impunes. As prisões não podem parar e devem encorajar novas denúncias”, defende.
Combate ao pacto do silêncio
O chamado pacto do silêncio é um dos grandes desafios das autoridades no combate à pedofilia. Claudia explica que ele ocorre quando o agressor obriga a vítima a não contar a ninguém sobre os abusos que vêm sofrendo. Por causa dele, estupros e violências das mais variadas ficam impunes por diversos anos. Algumas só são descobertas mediante tratamento psicológico. “Há crianças que simplesmente param de falar. Precisam de meses de tratamento e abrigamento, longe do agressor, até se sentirem seguras para contarem o que viveram”, destaca a dirigente.
A conivência da mãe é outro problema e também tem relação com a falta de estrutura das famílias. Em casos recentes atendidos em Tijucas, de acordo com a coordenadora, a mãe permitia o abuso sexual da filha pelo padrasto com medo de não ter recursos para sobreviver em caso de separação. É nessas situações, continua Claudia, que a denúncia faz a diferença. Em todo o País está disponível o Disque 100 – um telefone gratuito que permite a denúncia de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes sem que a pessoa precise se identificar. A informação é repassada imediatamente aos conselhos tutelares e à polícia para apuração e prisão dos responsáveis. Em Tijucas também estão disponíveis os telefones (48) 9982 2531 e (48) 3263 5756, do conselho tutelar.
Como agir quando crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual
-Não critique ou duvide que ela esteja falando a verdade
-Incentive a criança a falar sobre o ocorrido, mas não a obrigue
-Procure falar sobre o assunto em locais onde não haja interrupções
-Evite tratar do assunto com quem não pode ajudar
-Denuncie e procure ajuda de um profissional
-Converse de um jeito simples, para que a criança entenda o questionamento
-Não os trate com piedade e sim com compreensão
-Não desconsidere os sentimentos da criança e reconheça que se trata de uma situação difícil
-Esclareça a criança de que a culpa não é dela
-Ligue 100 e faça uma denúncia anônima
Fonte – Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infanto-juvenil
Publicado em 15/03-08:35 por: Marcos Horostecki.
Atualizado em 15/03-20:00
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Volto a repetir uma frese corriqueira que acostuma a pronunciar, “Agora, a pergunta é, onde estão as autoridades que içaram a bandeira contra a pedofilia e promoveram discursos?” será que não pode na hora da distribuição da mídia aos sites e jornais (banner) incluir este portal que defende uma causa tão nobre, questionou o diretor do Portal Todos contra a pedofilia MT.
“Se a causa para eles, de fato são justas, as ações deveriam estar na pauta na hora de mandar banner à mídia, o portal de combate a pedofilia deveria ser a primeira a receber a mídia, porem ainda nenhum órgão tem enviado banner. ele destacou que já enviou e-mail aos deputados estaduais de MT.
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