Poucas vítimas de abusos procuram a polícia ou órgãos especializados. (Ex-press)
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Por Daniele Mariani, swissinfo.ch
Para inúmeros jovens os abusos sexuais são uma triste realidade. Um estudo realizado com 6.700 dentre eles, o primeiro do gênero na Suíça, mostra que 15% já sofreram pelo menos uma vez na vida agressões sexuais com contatos físicos.
O agressor é geralmente outro adolescente.
"Uma adolescente em cinco já foi vítima pelo menos uma vez na vida de um abuso sexual com contato físico, enquanto que essa taxa chega a 8% nos meninos", ressalta Manuel Eisner, coautor do estudo realizado pela fundação UBS Optimus, apresentado no início de março à opinião pública.
As consequências para aqueles que sofreram esse tipo de agressão são muitas vezes dramáticas. "As vítimas têm mais frequentemente problemas de saúde que as outras pessoas e sofrem mais de depressão e outros problemas psíquicos", analisa Patricia Lannen, coordenadora do estudo e membro da fundação Optimus.
Essas tragédias pessoais também têm um impacto sobre a comunidade. Segundo os estudos já realizados nos Estados Unidos, a negligência e os abusos físicos e psíquicos cometidos contra crianças custam globalmente à sociedade mais de 100 bilhões de dólares por ano.
O agressor é muitas vezes um amigo
O estudo da fundação se baseia em entrevistas realizadas com 6.700 alunos de 15 a 17 anos. Os pesquisadores também levaram em conta as informações obtidas através dos casos declarados a 324 instituições de proteção de crianças e adolescentes.
"Nosso relatório é um ponto de partida para que os atores políticos, profissionais do setor e do mundo da pesquisa possam elaborar o conjunto das medidas apropriadas", explica Manuel Eisner, que também é vice-diretor do Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge.
O estudo tem o mérito de romper com algumas ideias. Enquanto no caso de crianças a maior parte dos autores de abusos vem do círculo familiar, para os adolescentes os agressores são mais frequentemente jovens da mesma idade.
"Esse resultado nos surpreendeu", observa Manuel Eisner. Praticamente a metade dos jovens questionados que foram vítimas de abusos com contato físico afirmaram, de fato, que o agressor (masculino em 90% dos casos) era o antigo ou o atual namorado, ou então um colega. Em apenas dez por cento dos casos, o agressor era um membro da família.
Fatores de risco e prevenção
O estudo também se concentrou sobre os fatores de risco. Uma pessoa que sofreu violência desde a mais tenra infância tem predisposição a sofrer abusos na adolescência ou até se transformar em agressor. Os riscos aumentam também, por exemplo, com o consumo de álcool ou de drogas.
Identificar os fatores de risco não significa, porém, "transformar a vítima em culpado", ressalta Manuel Eisner. O objetivo é muito mais compreender "em que direção deve ir à prevenção".
Para aqueles que se ocupam de adolescentes, os esforços devem especialmente se concentrar no contexto extrafamiliar do jovem, concluem, por exemplo, os autores do estudo. Além disso, os esforços visando a diminuição do consumo de drogas ou de álcool ou na luta contra a violência juvenil constituem também um passo na boa direção para reduzir o número de abusos sexuais. "O denominador comum é a exigência de um estilo de vida responsável", observa Manuel Eisner.
Falamos, mas como amigos
Outro fator destacado pelo estudo é o fato de que uma pequena parte somente das vítimas de abusos sexuais se dirigem aos serviços especializados ou à polícia (respectivamente 4 e 5%).
Uma proporção importante de jovens (40%) revelou nunca ter falado com ninguém sobre as experiências vividas. Por outro lado, os 60% restantes o fazem, mas principalmente com amigos ou colegas e, em segunda posição somente, com membros da sua família.
Também nesse caso, os atores no setor podem tirar conclusões. No futuro, as campanhas de prevenção deverão se dirigir não apenas às vitimas, mas também aos seus amigos e próximos. "Eles são muitas vezes os interlocutores. Por isso é preciso que eles saibam como se comportar e a quem se dirigir para receber um apoio", afirma Manuel Eisner.
Internet não ajuda
Os abusos com contato físico são apenas a ponta do iceberg. Os casos onde não ouve contato físico são muito mais numerosos: 39,7% das meninas adolescentes e 19,9% dos meninos adolescentes já foram confrontados a atos de exibicionismo, já sofreram agressões sexuais verbais ou através das mídias eletrônicas, ou já foram forçados a assistir imagens pornográficas.
O fenômeno inquieta os especialistas. "Infelizmente as agressões cometidas através das mídias eletrônicas ganham cada veze mais em importância. Praticamente uma menina adolescente em três e um menino adolescente em dez já foram confrontados a essas experiências", revela Eisner.
"Casos desse tipo não deveriam ser subestimados", declara Pasqualine Perrig-Chiello, psicóloga e membro do comitê científico de estudo. "Ser tratado de prostituta na internet não é algo inócuo. Isso pode causar traumatismos", estima.
Daniele Mariani, swissinfo.ch
Adaptação: Alexander Thoele
Pedofilia MT:15% dos adolescentes já sofreram abuso sexual
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Volto a repetir uma frese corriqueira que acostuma a pronunciar, “Agora, a pergunta é, onde estão as autoridades que içaram a bandeira contra a pedofilia e promoveram discursos?” será que não pode na hora da distribuição da mídia aos sites e jornais (banner) incluir este portal que defende uma causa tão nobre, questionou o diretor do Portal Todos contra a pedofilia MT.
“Se a causa para eles, de fato são justas, as ações deveriam estar na pauta na hora de mandar banner à mídia, o portal de combate a pedofilia deveria ser a primeira a receber a mídia, porem ainda nenhum órgão tem enviado banner. ele destacou que já enviou e-mail aos deputados estaduais de MT.
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