Seis deputados ‘empobrecem’ e 9 ficam mais ricos; entre eles está Wagner Ramos

Cruzamento mostra evolução patrimonial em quatro anos


O projeto Excelência do portal Transparência Brasil cruzou as declarações de bens apresentados por 15 deputados estaduais de Mato Grosso nas campanhas de 2006 e 2010. Desses, nove apresentaram evolução patrimonial em quatro anos, enquanto seis ficaram “mais pobres”. 

O levantamento mostra deputados que foram candidatos nas eleições de 2006 e de 2010. Como participaram dos dois pleitos, foi possível fazer o cruzamento dos dados dos últimos quatros anos, com base nas declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral. 

Desses 15, dez foram eleitos em 2006 e reeleitos em 2010 – outros cinco foram eleitos apenas no último pleito, embora tenham sido candidatos quatro anos antes. Dos nove que apresentaram evolução patrimonial, oito estavam no cargo de deputado na última legislatura. 

A pesquisa mostra que seis dos atuais deputados ficaram mais pobres, mas destes apenas dois estavam no mandato na legislação passada. Um dos que perdeu patrimônio, mas não era deputado no período, foi Romoaldo Júnior (PMDB), candidato em 2006 e 2010, mas eleito apenas neste último pleito. 

O deputado que teve a maior evolução patrimonial foi Wagner Ramos (PR), com aumento de 744,2%. No entanto, em números reais, a diferença não é tão grande, já que há quatro anos ele declarou possuir R$ 22 mil e na campanha de 2010 declarou R$ 188 mil. 

Em números relativos, a segunda maior elevação foi de Sérgio Ricardo (PR). Conforme declaração do parlamentar nos dois períodos, seus bens saltaram de R$ 347 mil em 2006 para R$ 2,1 milhões no ano passado, o que corresponde a um aumento de 509,1%. 

Também tiveram aumento patrimonial J. Barreto (PR), de 97%; Nilson Santos (PMDB), de 154%; Percival Muniz (PP), de 93%; Sebastião Rezende (PR), de 156%; e Wallace Guimarães, de 409%. 

Da lista dos que tiveram redução no patrimônio, apenas dois dos seis estavam com mandato nos últimos quatro anos - o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), que teve um decréscimo de 38,5% em seus bens e Ademir Bruneto (PT), que perdeu 29,9%. 

Em 2006 Riva declarou bens no valor de R$ 2,58 milhões. Já na campanha de 2010 ele tinha em seu nome 1,59 milhão. Brunetto saiu de R$ 927 mil em 2006 para R$ 649 mil em 2010. 

Dos oito deputados federais, seis também tiveram os dados patrimoniais cruzados. Apenas Carlos Bezerra (PMDB) perdeu dinheiro. Há quatro anos ele declarou possuir R$ 18 milhões e agora possui em seu nome apenas R$ 3 milhões. 

No caso dos senadores não foi possível analisar as contas, já que Blairo Maggi e Pedro Taques se candidataram pela primeira vez em 2010 ao senado e o mandato de Jayme Campos só vence em 2014, por isso não prestou contas no ano passado.

Por: Ana Rosa Fagundes
Fonte: Diário de Cuiabá

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