Apesar do alto custo, VLT é considerado o mais viável

  • Recursos, de R$ 1,1 bilhão, serão emprestados junto ao BNDES; ideia é transferir gestão à iniciativa privada


  • Divulgação/Secom-MT 

    Silval e Eder defendem VLT como melhor modelo para Cuiabá; transporte é tradicional na Europa

    RAFAEL COSTA
    DA REDAÇÃO

    Para financiar a execução do projeto do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) em Cuiabá, a Agecopa (Agência Estadual de Execução de projetos para a Copa do Mundo) terá R$ 450 milhões, disponibilizados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para investimento em Mobilidade Urbana nas cidades sedes da Copa do Mundo de 2014.

    Para completar o investimento, mais R$ 550 milhões serão emprestados pelo Estado junto ao Governo Federal, dentro da capacidade de endividamento, que corresponde, em 2011, ao total de R$ 2,5 bilhões.

    Conforme o presidente da Agecopa, Eder Moraes, após a conclusão das obras, o sistema de transporte deverá ser administrado por uma empresa privada.

    "Vamos pedir uma majoração do valor oferecido atualmente pelo BNDES para executar o projeto. Depois, será feita uma concessão para que seja entregue à rede privada. Com os recursos da exploração de serviços, vamos abater pagamentos e oferecer um preço justo aos passageiros, sem a necessidade do Estado subsidiá-la para chegar a uma cobrança confortável", revelou Éder, em entrevista ao Midianews.

    Embora o projeto básico do BRT (Bus Rapid Transit) já esteja protocolado na Caixa Econômica Federal (CEF), Éder Moraes assegura que a mudança para o VLT não implica em atraso na execução das obras.

    "A implantação do BRT exigiria a desapropriação de mais de 1 mil imóveis, e ninguém sabe ao certo o tempo disso para depois entrar na execução do projeto. O VLT é um modelo de transporte moderno, eficiente, ecologicamente correto, que vai corresponder à expectativa do povo mato-grossense", afirmou.

    Fator decisivo
    O motivo que pesou favoravelmente na escolha do VTL foi a revelação de estudos técnicos, que indicam menor necessidade de desapropriar imóveis nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.

    O governador Silval Barbosa (PMDB) já tinha sinalizado que a escolha do VLT poderia ser viável, desde que comprovasse em estudos técnicos sua viabilidade.

    "Não sabemos o impacto financeiro para mais de 1,3 mil desapropriações, necessárias para implantação do BRT. Ainda não tem o valor exato e tampouco sabemos a noção do tamanho da briga jurídica em torno disso", declarou Silval, recentemente.

    Embora não seja admitido publicamente, a cúpula do Palácio Paiaguás se mostra temerosa com a possibilidade de investir R$ 1 bilhão em pagamento de indenização aos proprietários dos imóveis, situados nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, que são Prainha, Fernando Correa da Costa e FEB.

    Esses locais servirão de corredor de passagem ao BRT ou VLT, o que exige ampliação lateral das pistas para facilitar o tráfego. Serão duas linhas que irão cumprir o trecho CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro.

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