Banco de dados ajuda polícia a capturar pedófilos

Ernesto Braga - Estado de Minas




Publicação: 08/08/2010 08:49

Todas as informações levantadas pela Polícia Federal sobre pedofilia na internet ficam concentradas num banco de dados do Grupo Especial de Combate a Crimes de Ódio e de Pornografia Infantil (Gecop) da corporação, em Brasília. O setor é responsável pelo rastreamento do IP (Internet Protocol) dos computadores que acessam sites pornográficos, postam ou trocam imagens de crianças e adolescentes em cenas de nudez e sexo explícito na web. “O Gecop faz o rastreamento e avisa para todas as delegacias do país. Lá na frente é que vamos saber qual é o provedor e quem colocou (a imagem), para definirmos a territorialidade e quem vai investigar”, explica a chefe da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst) da PF em Minas, delegada Tatiana Alves Torres.

De acordo com ela, o banco de dados também é alimentado pela Interpol, inclusive com imagens. “A identificação do IP é o método mais frequente (de rastreamento). Primeiro, é descoberto quem é o provedor daquele site. Pedimos a quebra do sigilo telemático para o juiz, ele defere, oficia o provedor, que vai nos informar quem é o usuário que postou a imagem, na data e horário. É possível que agentes também acompanhem a rotina do suspeito, para ver como que ele age”, explica. Os canais de denúncia da PF são Disque 100 (número de telefone), o site http://denuncia.pf.gov.br e o e-mail denuncia.ddh@dpf.gov.br.

Vítimas identificadas

Segundo o titular da 1ª Delegacia Especializada em Investigações de Crimes Cibernéticos (Deic) da Polícia Civil, delegado Bruno Tasca Cabral, ao navegar na internet, policiais especialistas em informática podem identificar a presença de sites de pornografia infantil. A partir deste processo é possível rastrear os internautas que navegam nesses sites. Em 15 de janeiro, o italiano Maximus Ancelletti, de 44 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil no apartamento onde morava, no Bairro Estoril, Região Oeste de Belo Horizonte, por armazenar fotos e vídeos pornográficos de crianças e adolescentes. Foram apreendidos dois notebooks, dois pen drives, vários CD’s, um telefone celular e um computador. A investigação identificou duas crianças vítimas do italiano, uma em Minas e outra no Paraná.

Minas foi o primeiro estado a criar uma Promotoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, em julho de 2008, que conta com um corpo técnico formado por engenheiros em informática, advogados e policiais militares especialistas no assunto. O promotor Joaquim José Miranda Júnior, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público Estadual, ao qual a promotoria é vinculada, defende mudanças na legislação para facilitar a investigação de pedofilia na internet. “É necessária uma lei que autorize o MP a cobrar informações dos provedores, sem a necessidade de determinação judicial. Também deveria ser cobrado o CPF para cadastro nos sites de relacionamento, evitando que crianças criem perfis com idade fictícia”, disse.

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