Auro Ida
Abaixo da crítica
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso se transformou em algo inédito nos dias de hoje: ser unanimidade. Infelizmente, o órgão conseguiu desagradar gregos e troianos com suas decisões sobre registro de candidaturas, apesar de ter indeferido 98, reduzindo para 393 candidatos aptos a disputar as eleições de 03 de outubro no Estado. Do total de indeferidos, apenas cinco foram punidos pela lei da ficha limpa, entre eles, o deputado federal Pedro Henry (PP) e o ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra (PMDB).
Tenho a sensação de que o parlamentar progressista foi uma espécie de bode expiatório para, de um lado, aliviar uma possível pressão da sociedade e, de outro, uma forma, por assim dizer, de "agradar" o ex-procurador da República, José Pedro Taques (PDT), candidato ao senado, um dos autores do pedido de impuganção. Lamentavelmente, a justiça eleitoral usou de dois pesos e duas medidas em suas decisões.
Para se ter uma idéia disso, o TRE indeferiu o registro de 11 candidatos devido a rejeição de contas. Na mesma situação, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), teve o seu registro deferido. Os casos dos candidatos Jackson Missias de Souza e Ernandes Vieira dos Santos, ao que tudo indica, são iguais ao do tucano. Os dois, assim como WS, tiveram as contas da campanha de 2008 rejeitadas e foram considerados inelegiveis.
Sendo parcimonioso com os "poderosos", o TRE foi, por outro lado, rigoroso com os candidatos do baixo clero. A candidata Cláudia Batista Silva, por exemplo, teve o seu registro indeferido porque não comprovou escolaridade. Estou, como a maioria das pessoas com as quais conversei ontem, perplexos com a justiça eleitoral de Mato Grosso. A expectativa era de que seria tomada decisões firmes e sem concessões, o que, na realidade, acabou não aontecendo.
Mesmo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de "olho", o TRE acabou se poscionando, em alguns casos, de forma a suscitar interpretações, às vezes, maldosas. Como deferir o registro das candidaturas de Wilson Santos e do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP). Pessoalmente, sou a favor que os dois sejam candidatos, mas os arautos e paladinos da moralidade devem estar espumando de raiva pelo fato do parlamentar ter a sua candidatura deferida pela justiça eleitoral.
A minha intenção era abrir este artigo dizendo que o TRE rasgou, literalmente, a lei da ficha limpa. Pensei melhor. Não rasgou, porém, jogou na lata do lixo, porque não teve coragem de aplicá-la na sua totalidade. Só naqueles processos que eram convinientes. Uma lástima.
Por fim, quero agradecer aos membros do pleno do TRE por terem, na noite da última quinta-feira, suspendido a sessão para se inteirarem do meu artigo sobre os trabalhos do órgão. "Eles ficaram p...da vida", me contou um amigo.Data Vênia - parodiando advogados - peços desculpas se ofendi alguém, no entanto, manifestei o meu pensamento sincero sobre o resultado dos trabalhos do órgão. Espero que não fiquem mais zangados porque vou, a partir de amanhã, analisar, de forma crítica, algumas decisões tomadas pelo colegiado.
Sabor amargo da política
Depois de ficar conhecido nacionalmente por enfrentar "poderosos", o ex-procurador da República, José Pedro Taques (PDT), candidato ao Senado, está experimentando, nos últimos dias, o "doce sabor do veneno" da política. A sensação de candidato é inebriante, porque o coloca no centro das atenções, mas para conquistar o poder de fato é preciso conviver com os problemas do cotidiano da população. Discutí-los com segmentos diversos e convencê-los que a sua posição é a mais correta.
Hoje, em Rondonópolis, Pedro Taques vai se reunir com os obreiros da Igreja Mundial (suas lideranças apoiam o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato a reeleição) e um tema promete estar na pauta: casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um pastor, da coligação MT Melhor, me disse que o ex-procurador assegurou que é contra e que assina documento neste sentido. "Tudo o que for contra a Biblia, o Pedro Taques garantiu que não apoia", me revelou.
Mas publicamente, principalmente nas entrevistas, ele fica em cima do muro para não perder os votos dos homossexuais. Aliás, o que existe de gente ainda no "armário" é brincadeira. Então, fica sssim: sou contra, não sou, muito pelo contrário. Pelo andar da carruagem, Pedro Taques, que entrou na disputa como Pedro, o destemido e vai acabar Pedrinho, paz e amor. Isso é política.
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=45&id=120927
Auro faz análise sobre as decisões do TRE e candidatura de Taques
agosto 08, 2010
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