Pelo menos 13 dos 25 vereadores já estão na base do prefeito
Thiago Bergamasco/MidiaNews
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Presidente da Câmara, Júlio Pinheiro, aderiu à base de Mauro Mendes. Na foto, com o coordenador da campanha de Mendes, Emanuel Pinheiro
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O futuro prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PTB), deve iniciar seu mandato tendo o apoio de pelo menos 13 dos 25 vereadores que vão compor a Câmara Municipal, a partir de janeiro, o que lhe dará a maioria na Casa.DA REDAÇÃO
Desses, sete foram eleitos pela coligação que deu sustentação à sua candidatura, formada pelo PSB, PR, PDT, PV e PPS: Faissal (PSB), Onofre Junior (PSB), Adilson Levante (PSB), Adevair Cabral (PDT), Renivaldo Nascimento (PDT), Chico 2000 (PR) e Mário Nadaf (PV).
Outros dois, Leonardo de Oliveira e Dilemário Alencar, pertencem ao PTB, mas, como o partido optou por se manter independente nas eleições, ambos já vinham apoiando Mendes desde a campanha no primeiro turno.
No segundo turno, o socialista ganhou a adesão de mais três vereadores eleitos: Juca do Guaraná Filho (PTdoB), Lilo Pinheiro (PRP) e Wilson Kero Kero (PRP), que apoiaram Guilherme Maluf (PSDB) no primeiro turno.
Para completar o bloco da situação, o atual presidente da Câmara, Júlio Pinheiro (PTB), que, apesar de não ter aderido oficialmente à campanha de Mendes, também começou a apoiá-lo no segundo turno, nos bastidores, após a derrota do seu candidato, o tucano Maluf.
Após a eleição, na tarde de segunda-feira (29), Pinheiro já apareceu ao lado de Mendes, em entrevista coletiva.
Oposição
Entre os 12 vereadores que não estão com Mendes, quatro pertenciam à coligação que apoiou Lúdio Cabral (PT) para prefeito: Arilson da Silva (PT), Professor Allan (PT), Domingos Sávio (PMDB) e Haroldo da Açofer (PMDB).
Outros cinco declararam apoio ao petista no segundo turno: Toninho de Souza (PSD), João Emanuel (PSD), Clovito Hugueney (PTB), Marcrean Santos (PRTB), e Oséas Machado (PSC) – todos saídos da base de sustentação de Carlos Brito (PSD), à exceção de Clovito, que apoiou Maluf.
Restam, ainda, os três vereadores que comporão a bancada tucana e, por determinação da cúpula partidária, foram proibidos de apoiar tanto Mauro quanto Lúdio, e teriam que fazer oposição de qualquer forma, com a vitória de qualquer um dos dois. São eles: Lueci Ramos, Maurélio Ribeiro e Ricardo Saad.
Negociação
O prefeito eleito negou que pretenda negociar com os vereadores para ampliar sua base, e obter apoio em troca de cargos.
Mauro Mendes disse acreditar no bom-senso dos parlamentares para que eles não travem projetos importantes e nem atrapalhem a governabilidade.
“Quero estabelecer uma relação nova com a Câmara, respeitando o que eles fazem, e eles respeitando o trabalho do Executivo. Se apresentarmos bons projetos, tenho certeza que eles vão aprovar. E se não aprovarem, não é a mim que eles têm que se explicar, é ao povo”, afirmou.
Ele disse que a preferência, na hora de nomear secretários e cargos em comissão, será pela indicação dos partidos que já compõem sua base, mas observando critérios técnicos. “Quem ajuda a ganhar, tem que ajudar a administrar. Mas não fizemos nenhum loteamento de cargos. Tenho certeza que nesses partidos existe gente com competência técnica”, completou.