Mauro aponta uso da máquina e diz que denúncia de compra de votos é uma farsa


Da Redação
O empresário Mauro Mendes (PSB) denunciou na manhã de hoje o uso da máquina pública estadual para beneficiar o adversário Lúdio Cabral (PT) na disputa do segundo turno eleitoral, em Cuiabá. Ele qualificou a detenção do ex-jogador de futebol Paulo César "Gatão", coordenador de mobilização da campanha na região Oeste da cidade, na noite de ontem sob a suspeita de compra de votos como uma "armação e farsa".

De acordo com o candidato socialista, o secretário estadual da Casa Militar, o coronel Ildomar Macedo, articulou toda simulação para prender "Gatão". Mauro Mendes afirmou que a detenção do coordenador aconteceu de forma arbitrária já que estavam sendo pagas cerca de 60 pessoas que trabalharam na campanha e que possuíam contrato de trabalho registrados.
O coordenador geral da campanha socialista, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), ainda apontou a participação do ex-secretário estadual da Secopa, Éder Moraes, no episódio. Segundo ele, "Gatão" foi detido inicialmente pelo tenente da reserva da Polícia Militar, Wiliam Tadeus Dias, que atuaria como segurança do ex-secretário.
O coordenador ainda questionou a conduta da PM que, por ordem de Macedo, levou "Gatão" para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto. “Se há indícios de crime eleitoral, deveria ter sido encaminhado para a Polícia Federal”, aergumentou.
Já o senador Pedro Taques (PDT) destacou que toda a situação foi criada pelo ex-secretário Éder Moraes, apoiador de Lúdio. “Inventaram até que uma ex-assessora minha estava presa por compra de votos. Liguei para ela e ela me disse que estava em casa, vendo TV”, disse.
Ainda nesta sexta-feira, Mauro Mendes pretende ingressar com uma representação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do registro da candidatura de Lúdio Cabral por uso da máquina pública, abuso de poder econômico, autoridade e político. Mauro Mendes apontou que antes mesmo de "Gatão" ser detido já estavam jornalistas na delegacia, o que aponta que o Governo do Estado vem atuando em benefício do petista.
Outro lado
O secretário de Comunicação de Mato Grosso, Carlos Rayel, afirma que o Estado está tranquilo quanto a uma possível representação. Ele destacou que o coronel Macedo é um PM e, como tal, tem como dever coibir crimes. “Além disso, é alguém qualificado, capaz de discernir o certo e o errado e ter a convicção de que existem indícios de crime”.
Rayel salientou que o coronel, assim como toda a força de Segurança de Mato Grosso, aturará sempre para reprimir e combater crimes. “Se o candidato Mendes acha que comprar votos é normal, o coronel não acha”.