Wilson Santos assume erro por deixar a prefeitura de Cuiabá para Chico Galindo


Gilson Nasser
Da Redação
Após quase dois anos de "reclusão", o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), resolveu romper o silêncio e concedeu durante uma hora uma entrevista ao programa CBN Cuiabá (AM 590). Wilson não falava abertamente com a imprensa desde a derrota ao Governo do Estado, em 2010, quando ficou em terceiro lugar, atrás do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) e do empresário Mauro Mendes (PSB).
Wilson disse que resolveu se resguardar após a derrota e evitar exposição, principalmente no cenário político. “Fiquei 21 anos e três meses exercendo cargos públicos falando com a imprensa quase que diariamente. Precisava dar este tempo”, assinalou.

No entanto, ele afirma estar percorrendo os mais variados ambientes da capital e garante estar sendo bem recebido pela população, apesar de acumular grande desgaste em pesquisas de opinião. “Frequento feiras, bancos, shoppings e, na grande maioria desses lugares está o sentimento de que não poderia ter renunciado o mandato. Foi um erro de análise ter feito isto”, admitiu o ex-prefeito.
Além deste erro, o prefeito afirmou que foi vítima de uma campanha maldosa plantada na mídia, principalmente após ter renunciado. “Os adversários souberam usar muito bem este sentimento da população e fizeram uma campanha dissimulada na imprensa contra minha candidatura”, destacou.
Entre outros erros nos 5 anos e três meses a frente do Palácio Alencastro, o tucano apontou a deficiência na política de comunicação com a sociedade. Ele citou, como exemplo, a extinção do Terminal de Integração da Praça Bispo Dom José, ocorrida em setembro de 2005. “Não soube passar a informação correta a população e isto gerou uma confusão para quem pegava ônibus”, recordou.
O ex-prefeito também expôs a relação de desgaste com o Governo do Estado. “Esta relação não foi salutar para Cuiabá. O governador foi contaminado por assessores e se afastou da prefeitura”, apontou.
Pontos positivos
Wilson ainda elencou os pontos positivos de sua gestão na prefeitura. Um dos grandes feitos citado por ele foi a ‘revolução’ no sistema de Educação da capital. “Aonde eu for a Educação é e sempre será prioridade”, frisou. Ele destacou a política salarial para profissionais da área, além de programas que deram oportunidade aos jovens, como o Cuiabá Vest e o Bolsa Universitária.
Sobre a ação do Ministério Público para interromper o programa de crédito universitário para jovens, Wilson afirmou que o órgão foi ‘co-autor’ do Bolsa Universitária. “Antes de criar o projeto, procurei o Ministério Público, por meio do procurador Marcelo Ferra, que auxiliou na construção deste sonho para milhares de jovens carentes. Hoje, oito alunos de baixa renda fazer Medicina em universidade particular”, colocou.
Sobre a distribuição de água tratada na capital, o ex-prefeito destacou que fez o papel inverso ao concluir a ETA Tijucal. Segundo ele, primeiramente deveria feito o processo de distribuição de água e depois, a captação. Todavia, ele citou que a ETA Tijucal será suficiente para abastecer a capital do Estado por décadas.“A história ainda vai ser justa comigo”, pontuou.
Em relação a saúde pública, o tucano afirmou que fez uma boa gestão, principalmente no que compete ao atendimento básico. “Centrei minha gestão na Saúde preventiva e aumentamos a longevidade dos cuiabanos”, disse ao afirmar que aumentou a cobertura dos programas de Saúde da Família da capital. Copa e VLT
Apesar de não destinar recursos para a realização de obras para a Copa do Mundo, Wilson afirmou que a prefeitura de Cuiabá realizou vários projetos de mobilidade urbana para a capital. “O engenheiro Rafael Detoni é da prefeitura de Cuiabá. Vários projetos como a trincheira do Santa Rosa foram realizados pelo IPDU”, revelou. Ele citou ainda que a sede da Secopa, na avenida Lavapés, foi cedido sem custos pela prefeitura.
O ex-prefeito ainda demonstrou uma preocupação com a implantação do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande. Os principais pontos são a viabilidade econômica do modal e o valor da tarifa. “Até agora o Estado não sabe quanto vai ser a tarifa”, afirmou. Segundo ele, o moda não deve ser viável economicamente na capital do Estado. “Hoje, existem 38% de gratuidade do transporte coletivo que devem ser mantido e isso terá uma consequência econômica gravíssima a este tipo de transporte”, afirmou.
Futuro político
Ao retornar a mídia, o ex-prefeito admite que pretende disputar as eleições de 2014, quando serão escolhidos deputados estaduais, federais, um senador e o próximo governador do Estado. “Sou botafoguense e operariano né”, disse em tom irônico. Todavia, ele não colocou a qual cargo pretende concorrer.

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