Lúdio Cabral muda discurso sobre concessão da Sanecap


As críticas que passou a receber por parte dos adversários por causa de sua posição contrária em relação à concessão dos serviços de água e esgoto da Capital para a CAB Ambiental estão levando a coordenação da campanha do petista Lúdio Cabral (PT) a mudar a estratégia. Em vez de defender uma nova estatização (voltar a ser administrada pelo Poder Público), passará a pregar a solução para o problema da falta de água e de esgoto, independente da gestão da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), hoje CAB Ambiental, ser do Poder Público ou da iniciativa privada.
Levantamentos feitos apontam que no mínimo os custos para uma rescisão que aconteceria judicialmente poderiam chegar a R$ 1 bilhão, por causa da previsão de investimentos de R$ 6,5 bilhões em 20 anos e mais R$ 516 milhões em outorga devidos ao município. “Ele (Lúdio) achou que o assunto lhe renderia dividendos políticos, até porque sempre foi contra o processo de concessão”, disse uma alta fonte da campanha que reúne dois dos maiores partidos de Mato Grosso e do Brasil, o PT e PMDB, que admitiu rever o posicionamento assumido até agora e defender uma solução para o problema da falta de água e de esgotamento sanitário. “A população quer uma solução realista e palpável e não uma disputa política que não leva a nada”, expressou.
Outra reflexão que a coordenação da coligação Cuiabá, Mato Grosso, Brasil está fazendo é que a oposição (leia-se Mauro Mendes) que lidera as pesquisas não pode se colocar contrária à concessão, até porque ele é da iniciativa privada e inclusive chegou a pensar em disputar o certame licitatório que foi vencido pela CAB Ambiental, do Grupo Queiroz. Já os candidatos Guilherme Maluf (PSDB), da Coligação Cuiabá Prá Você, e Carlos Brito (PSD), da Coligação Sentimento Cuiabano, por estarem disputando o apoio do PTB e do prefeito Chico Galindo, que foi responsável pela concessão, não iriam se posicionar contrários ao processo sob pena de afastar ainda mais o petebista de um eventual apoio.

O candidato a vice na chapa encabeçada pelo tucano Guilherme Maluf, o advogado João Celestino Corrêa da Costa, simplesmente taxou de leviano e irresponsável se falar em romper um contrato público feito dentro de bases legais e assinalou que “o processo legal tem que ser respeitado. Tem é que se procurar solução para levar água de qualidade e esgoto para a população mais carente, todo o resto é balela e discussão aflorada em época eleitoral”, disse João Celestino.
Para Carlos Brito, após 30 anos de existência e da procura de uma solução que o Poder Público se demonstrou ineficiente, levou a atual gestão a repassar à iniciativa privada um serviço que é fundamental para o dia a dia da população, então nada mais justo que se cobrar resultados da empresa que assumiu os serviços.
Certo mesmo é que o tema aflora as discussões eleitorais e ainda vai render muita dor de cabeça aos candidatos.

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