Quase 3 anos após ser cassado, Ralf volta à Câmara

Por: Flávia Borges
Fonte: GD


Foto de Câmara Municipal
O vereador por Cuiabá Ralf Leite (sem partido), cassado há quase 3 anos por quebra de decoro parlamentar após ser flagrado pela Polícia Militar com um travesti na região do Quilômetro Zero, em Várzea Grande, foi reconduzido ao cargo na manhã desta sexta (20) pelo presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB). Sob aplausos de um grupo de jovens, a solenidade aconteceu no gabinete da Presidência, sob os olhares atentos de Lueci Ramos (PSDB).
A decisão que cassou o vereador foi tomada por uma comissão processante aberta pelo Legislativo cuiabano. Na época, Ralf, então no PRTB, recorreu à Justiça, mas teve o pedido negado mesmo tendo alegado haver vício no processo de cassação conduzido pela Câmara.A legislatura para a qual Ralf foi eleito deve encerrar no fim deste ano.
A sorte de Ralf mudou nesta terça (17), quando o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, determinou o retorno ao cargo. O magistrado entendeu que houve vícios de caráter ilegal no procedimento adotado pela Câmara na época. Quanto à decisão do Tribunal de Justiça de ter negado o recurso interposto pela defesa do parlamentar na época em que foi cassado, o ministro considerou como “equivocada”.
Ao ser empossado novamente no cargo, Ralf agradeceu a Deus. “Foram 2 anos e 7 meses de muita oração para voltar ao cargo que fui eleito para ocupar pela soberania popular”, afirmou.
Bem mais humilde do que quando precisou se afastar da Câmara, o vereador afirmou que as dificuldades enfrentadas são uma escola. “Aprendi que nós nunca devemos abaixar a cabeça e que na vitória aprendemos pouco, mas na derrota aprendemos tudo”, discursou.
Ele ainda não descarta tentar a reeleição. Segundo sua advogada, há brechas na Legislação Eleitoral para que o parlamentar entre no processo eleitoral. Conforme Ralf, caso se filie a um partido que ainda tenha vagas disponíveis ou se algum candidato abrir mão da disputa em seu favor, ele poderia tentar conquistar o cargo por mais 4 anos.
Júlio Pinheiro salientou que é um direito do vereador receber os salários relativos ao período em que se manteve afastado da Câmara, o que soma quase R$ 300 mil, porém garante que não vai pagar sem uma decisão judicial. “Ele faz jus ao salário, mas acho que vai abrir mão do dinheiro por amor a Cuiabá”, brincou. Segundo ele, o Legislativo tem dinheiro em caixa para pagar o vereador, caso a Justiça determine.

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