Pastor reconhece resistência em igreja e diz que não será "fantoche"

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Valérya Próspero

Foto: Jonathan Dourado
Foto: Jonathan Dourado -- Pastor Paulo, vice de Brito
Pastor Paulo, vice de Brito
   O candidato a vice-prefeito pela coligação encabeçada por Carlos Brito (PSD), pastor evangélico Paulo Roberto Alves (PSD) admitiu a existência de resistência contra a sua candidatura dentro da igreja, mas classificou a situação como algo natural. “Se todos são a favor e não existe nenhum lado contrário, alguma coisa está errada. Isso faz parte não só do mundo político como de todo segmento”, disse, em entrevista ao RDNews.
  Mesmo tendo vertentes contrárias à candidatura, a influência exercida pelo líder religioso no templo é acentuada e vista de forma negativa por parte da sociedade. O receio é de que o pastor faça dos fiéis “massa de manobra”. Conforme Paulo Roberto, essas críticas têm servido para seu amadurecimento.
  Ele completa dizendo que um pastor ou padre também é um ser humano normal, que exerce o direito de fazer uso fruto da cidadania, o que não é diferente de uma pessoa comum. “Pagamos os nossos impostos e cumprimos com nossos deveres. Então eu pergunto: que diferença há entre um pastor, um padre e alguém que exerce influência, a não ser a religiosa?”, questiona.
  A condição de pastor, segundo o social-democrata, o faz exercer a função de “prefeito” de Cuiabá há 22 anos. Ele ressalta que a política não vai ser novidade. “Alguém que tira o cara do mundo das drogas e o recupera; tira a prostituta da Praça do Porto e ajuda a ser mãe de família; que ora pelo enfermo e Jesus cura; há de convir comigo que estou fazendo esse trabalho há mais de 20 anos”.
  Foi justamente esse trabalho autônomo na resolução de problemas sociais e a amizade com o presidente da Assembleia, deputado José Riva e com o deputado federal Eliene Lima que levou o pastor a querer entrar na política. Ele pondera que, só agora, sentiu que chegou o momento. “Não era o tempo de Deus, tive convite para ser deputado estadual e federal, mas não era o tempo, agora chegou”.
  Caso ganhe a eleição, o candidato a vice-prefeito aponta que a administração será diferente das existentes. O vice, segundo ele, não vai ser fantoche, que fica sentado sabendo das decisões quando ler o jornal. O trabalho será feito em conjunto. “Não vamos permitir nada que não seja benéfico para a sociedade”, disse. A forma como essa união de gestão vai acontecer ainda não teria sido discutida dentro do partido, nem mesmo a possibilidade de tocar uma secretaria. "Pela primeira vez vai ter prefeito de mãos dadas com o vice".

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