O tucano Guilherme Maluf planeja gastar R$ 8 milhões na campanha
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O candidato do PSDB à Prefeitura de Cuiabá Guilherme Maluf afirmou que seus principais adversários têm a sustentação de “máquinas” públicas, o que lhes garantiria maior respaldo político e eleitoral.DA REDAÇÃO
“O Lúdio Cabral (PT) tem o apoio do Governo do Estado. O Carlos Brito (PSD) tem o apoio da Assembleia Legislativa. O Mauro Mendes (PSB) tem o PR, que é muito íntimo do Estado. Normalmente, quando você tem o peso da máquina pública, os recursos e os apoios financeiros fluem de uma forma mais elevada. Não tenho expectativa de um gasto elevado, até porque eu não tenho uma máquina atrás de mim. Tenho consciência disso”, afirmou.
“Não estou dizendo que eles usarão a máquina de forma ilegal. O que acontece é que existem funcionários que tendem a seguir o que o governador pede, por exemplo, servidores federais que tendem a seguir uma linha federal”, exemplificou.
Maluf tentou, também, conseguir o apoio de uma máquina governamental – a municipal. As negociações para que o partido do prefeito Chico Galindo (PTB) indicasse o vice do tucano estavam bastante avançadas, mas o PTB acabou rachando porque uma ala queria apoiar a candidatura de Carlos Brito.
Ao final, o partido definiu por ficar independente, e o prefeito não vai subir em nenhum palanque e não pedirá votos para ninguém.
R$ 500 mil do bolso
O tucano estimou um teto de R$ 8 milhões para gastar durante a campanha eleitoral. Maluf, que é dono do Hospital Santa Rosa, pretende tirar R$ 500 mil do próprio bolso para investir no seu projeto eleitoral. Além disso, ele trabalha com a expectativa de conseguir apoio vindo da executiva nacional do PSDB.
“Estou bem consciente que não vou ter a maior máquina eleitoral. Foi sinalizado que haverá um apoio financeiro do PSDB nacional, até porque há um projeto nacional do PSDB em eleger prefeitos, principalmente nas capitais. Ainda não sei o valor, pois o Nilson Leitão [presidente regional da sigla] e a Thelma de Oliveira que são os interlocutores junto ao partido”, disse.
Seis partidos apoiam a candidatura de Guilherme Maluf: PSDB, DEM (que indicou o advogado João Celestino como candidato a vice), PP, PTdoB, PMN e PRP. Ele estima que a coligação lhe dê cerca de 6 minutos no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. No total, cerca de 120 candidatos a vereador apoiam o tucano de forma partidária – muitos candidatos do PTB também pedirão votos para Guilherme Maluf.
“Eu tenho mais de 100 candidatos na minha base e isso vai chegar na população. Tenho expectativa de crescimento, até por causa das alianças que eu fiz. Não me preocupo com o recall elevado do Mauro Mendes nas pesquisas, e não me espantaria também se esse quadro estatístico mudar logo que a campanha começar. Porque esses quatro candidatos vão crescer”, afirmou.
Maluf disse que espera uma campanha sem baixarias, e elogiou o nível dos adversários. “Tenho concorrentes que são candidatos muito bons e essa eleição deve ter uma característica de debates. Não vejo nenhum candidato com perfil de querer desconstruir alguém. Então penso que vai ser um debate muito bom”, analisou.
Ele promete uma campanha “limpa”. “Não vou partir para essa linha de descontruir adversários. Posso apontar incoerências, e isso faz parte do jogo político. Mas não denegrir a imagem de ninguém, levantar dossiê. Não é meu perfil, não vou entrar nessa linha”, garantiu.
Equipe
O ex-secretário municipal de Educação, Permínio Pinto (PSDB), será o coordenador-geral da campanha tucana na Capital. A coordenadora de mobilização será a ex-deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB).
A coordenação política ficará a cargo do candidato a vice-prefeito da chapa, o advogado João Celestino (DEM). Enquanto o marqueteiro da campanha deve ser o ex-secretário de Comunicação da Prefeitura, o publicitário Mauro Cid.
“A tendência é que a gente utilize todo mundo daqui, não quero ninguém de fora. Isso já dá o tom do que eu quero fazer com essa Prefeitura. Quem estiver aqui, vai ter preferência no nosso governo”, pontuou Maluf.
“E essa é uma crítica que faço ao governo Silval Barbosa (PMDB), que utilizou poucas empresas daqui, inclusive nas obras da Copa”, criticou.
Palanque
Maluf quer colocar os caciques do DEM em Mato Grosso, o senador Jaime e o deputado federal Júlio Campos, no seu palanque. Ele pretende trabalhar para ganhar também o apoio do casal França, com a ex-vice-governadora Iraci (DEM) e o ex-prefeito Roberto França (DEM) pedindo votos para seu projeto.
“Vamos apoiar o DEM em Várzea Grande, nosso projeto em Sinop é o Dilceu Dal Bosco (DEM). Então espero os líderes do partido no meu palanque aqui. Eu defendo que a gente componha um bloco político mais sólido com os Democratas. Porque não vejo muita saída para nossos projetos se não fecharmos um grupo”, apontou.
Quanto aos nomes de expressão nacional do tucanato, Maluf garantiu que sua campanha terá a presença do senador Aécio Neves (MG), e está programando, também, um evento com a presença do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é outro que deve marcar presença em Cuiabá.






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