Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Reprodução
Metade dos candidatos a prefeito em Cuiabá quer anular concessão da Sanecap
Por mais amortecidas que pareçam estar as tensões entre direita e esquerda na disputa em Cuiabá, um ponto que evidencia os posicionamentos dos candidatos é a concessão dos serviços de água e esgotamento na capital. Lúdio Cabral (PT), Procurador Mauro (Psol) e Adolfo Grassi (PPL) prometem reverter o processo, mas Mauro Mendes (PSB), Guilherme Maluf (PSDB) e Carlos Brito (PSD) garantem que manterão a concessão, com a promessa de “fiscalizar muito” o serviço prestado.
Lúdio diz que não muda após aliança e quer anular concessão da Sanecap
Após aprovação da concessão, rua da Câmara vira praça de guerra
Manifestantes contra concessão enfrentam Polícia Militar ao tentar invadir prefeitura
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Nas entrevistas e discursos, percebe-se uma predileção dos candidatos por propostas mais voltadas às questões sociais. Essa tendência se repete em outras disputas, até mesmo como uma consequência natural do atual momento político pós-Lula.
Em Cuiabá, todos os postulantes se apresentam como “uma alternativa” e com atenção voltada ao “social”, sugerindo um posicionamento de esquerda ou centro-esquerda. O entendimento sobre o controle público ou privado na gestão dos recursos naturais – neste caso, a água – revela, entretanto, em que trincheira cada candidato se coloca.
As justificativas para manter ou acabar com a concessão são muitos. O empresário Mauro Mendes diz, por exemplo, que foi contra a maneira a qual a concessão foi feita, mas que manterá o contrato.
Briga jurídica
“O cidadão não está preocupado se a Sanecap é pública ou é privada, ele está preocupado se tem água na casa dele”, argumenta o peessebista. “Porque tanto faz se ela é pública ou privada, que ela venha com qualidade e com bom preço”, completa.
“Se eu for tentar cancelar essa concessão, eu vou abrir uma briga jurídica por anos e o grande perdedor vai ser a população de Cuiabá”, finaliza.
Já o petista Lúdio Cabral, que foi ferrenho crítico da concessão enquanto vereador por Cuiabá, garante que a tese de Mendes sobre o impasse jurídico não procede. “Aconselho todos os candidatos a lerem a legislação federal que trata de concessões públicas e que tomem conhecimento de todo o processo de privatização que houve em Cuiabá, que leiam inclusive o contrato assinado com a CAB para verificar que há, com tranquilidade, as condições para a retomada do serviço”, afirmou.
“A solução deste problema é responsabilidade do prefeito e os candidatos que, por ventura, se preocuparem com a CAB [empresa concessionária], estão se esquecendo da população. O prefeito não pode ficar de braços cruzados esperando essa solução do problema”, argumenta Cabral.
Empresa estatal x empresa pública
Outro pilar que sustenta a tese da concessão é o argumento de que empresas estatais são ineficientes se comparadas à dinâmica capitalista da iniciativa privada. “Temos, no Brasil, diversos exemplos de empresas estatais que são consideradas empresas de ponta, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás”, opina o Procurador Mauro contra o argumento.
Já o empresário Mauro Mendes usa o exemplo da telefonia para defender a iniciativa privada. “Antes, para você ter um celular, você tinha que pagar mais de R$ 2 mil na linha e usar sua influência para passar na frente na fila, mas depois que passou para a iniciativa privada as coisas melhoraram. Hoje todo mundo tem celular”, diz.
Este argumento também é rechaçado pelo Procurado Mauro. “A telefonia melhorou na esteira da revolução tecnológica e não necessariamente por causa da privatização. Ela melhorou no mundo inteiro e isso refletiu aqui. Hoje, todo mundo tem celular, mas as reclamações sobre o serviço prestado no Brasil são líderes no mundo”, contrapõe.
“Os serviços de coleta de lixo e de transporte público em Cuiabá também estão com a iniciativa privada e nem por isso são bons”, completa
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